Festejos do São João não não devem ser proibidos, dizem comerciantes
A Associação de Comerciantes do Porto defende que os festejos do São João não devem ser proibidos, mas sim limitados no número de pessoas nas festas locais, porque a população ainda não está toda vacinada contra a covid-19.
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Economia Covid-19
Em entrevista telefónica à agência Lusa sobre os festejos do S. João no Porto, a festa da cidade que se comemora na noite de 23 para 24 junho, o presidente da Associação de Comerciantes do Porto, Joel Azevedo, defende que o evento não dever ser proibido, nem bloqueado.
Para Joel Azevedo, o que deve ser planeado são festa locais com "um baixo número de pessoas", com distanciamento o "mais espaçado possível", porque é preciso acautelar o facto de a população portuguesa ainda não estar toda vacinada.
"Limitar a atividade [dos festejos do São João] não me parece que seja a melhor solução. Os festejos não devem ser bloqueados. Devem ser limitados", declarou.
Para o responsável, têm de ser, contudo, "acautelados" os vários eventos espalhados pela cidade, com um "número mínimo de pessoas", para que se possa potenciar uma "normalidade relativa".
Segundo Joel Azevedo, os concertos de rua devem ser impedidos, tal como o fogo-de-artifício e a venda ambulante de comidas e bebidas.
Deve-se poder, todavia, permitir que os estabelecimentos da restauração organizem "jantares e festas controladas e limitadas até às 00:00 [do dia 24], como um pequeno sinal de abertura sem correr o risco de exageros".
"Nós estamos habituados que o São João seja feito na rua, seja feito com milhares de pessoas. Atrai muitas pessoas da região e de fora da região, e até fora do país para visitar este grande evento. Toda a cautela deve ser mantida. Independentemente disso, não devem ser bloqueados os festejos do São João", reiterou.
Os festejos noite de São João de 2020 foram cancelados devido à pandemia da covid-19 e ao potencial de risco para a saúde pública que representavam.
Por tradição, o São João arrasta milhares de pessoas para os as ruas da cidade e para arraiais, para comer sardinhas assadas e dançar nos bailes, ao som de martelinhos.
O fogo-de-artifício junto ao rio Douro é um dos momentos mais desejados da noite de S. João do Porto.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.543.125 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.023 pessoas dos 848.658 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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