O secretariado da organização com sede em Viena adiantou que o barril utilizado como referência pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), uma mistura de treze qualidades de petróleo (uma para cada país membro), não tinha sido vendido a mais de 70 dólares desde 06 de janeiro de 2020, ou seja, desde antes do início da pandemia afundar os preços do petróleo.
O valor de sexta-feira, superior em 0,46% ou 0,32 dólares ao de quinta-feira, é o resultado de uma tendência de subida sustentada nas últimas duas semanas, que acumula um aumento de 10%.
A média do preço do barril da OPEP desde o início deste ano é agora de 62,43 dólares, aproximando-a dos 64,04 dólares que atingiu em média em 2019, depois de ter caído 35% no ano passado para 41,47 dólares devido à crise da pandemia.
Segundo os analistas, por trás da atual valorização do chamado "ouro negro" está a perspetiva de uma forte recuperação da procura para relançar a atividade económica, especialmente as viagens e o turismo, à medida que a vacinação contra a covid-19 avança, especialmente nos Estados Unidos, Europa e China.
Nesta situação, a decisão da OPEP e dos 10 aliados, incluindo a Rússia, de manter os fornecimentos limitados e apenas os aumentar gradualmente e os controlar (em cerca de dois milhões de barris por dia entre maio e julho), contribuiu também para a subida do preço do petróleo.
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