Com este acordo provisório, que tem de ser formalizado pelo Conselho da UE e o PE, os fundos que compõem a reserva podem ser disponibilizados, antes do fim do ano, aos Estados-membros, de modo a fazerem face às consequências económicas da saída do Reino Unido da UE.
"O acordo de hoje envia um forte sinal de que os setores europeus, as empresas e os trabalhadores que perdem em resultado do 'Brexit 'receberão apoio urgente e atempado. Estamos a tomar medidas rápidas para os ajudar a lidar com quaisquer consequências adversas e imprevistas", salientou, em comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
A reserva destina-se a apoiar todos os Estados membros, concentrando-se simultaneamente nas regiões e sectores mais afetados e é um instrumento financeiro com caráter excecional.
Do montante de cinco mil milhões de euros (a preços de 2018), 80% ou quatro mil milhões de euros serão desembolsados como pré-financiamento: 1,6 mil milhões de euros em 2021, 1,2 mil milhões de euros em 2022 e 1,2 mil milhões de euros em 2023.
Os restantes mil milhões de euros serão disponibilizados em 2025.
Em 25 de dezembro de 2020, a Comissão Europeia apresentou a sua proposta para a Reserva de Ajustamento ao Brexit, que será criada como um instrumento especial fora dos limites orçamentais do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2021-2027.
O Reino Unido abandonou formalmente a UE em 31 de janeiro de 2020.
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