BCE aprovou em junho por amplo acordo ritmo de compra de dívida

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) decidiu na reunião de junho, com "amplo acordo", comprar mais dívida no terceiro trimestre do que nos primeiros meses do ano, como proposto pelo economista-chefe da instituição, Philip Lane.

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Lusa
09/07/2021 15:00 ‧ 09/07/2021 por Lusa

Economia

Dívida

 

Segundo as atas da reunião de política monetária de 10 de junho, a maior parte dos membros do Conselho de Governadores esteve a favor da proposta de Lane.

Da mesma forma, os participantes consideraram que era essencial reafirmar o seu compromisso com o objetivo de inflação, que era até agora uma taxa próxima mas ligeiramente abaixo de 2%.

Na quinta-feira, o BCE informou que a sua nova estratégia contempla um objetivo simétrico de inflação de 2% a médio prazo, uma meta mais flexível, admitindo desvios temporários e moderados.

Os membros do BCE referiram em junho que "embora as perspetivas de médio prazo tenham melhorado", a inflação não tem subido de forma sustentada.

Defenderam, por isso, que a política monetária deve ignorar as mudanças temporárias de curto prazo na inflação e concentrar-se nas perspetivas de médio prazo.

As projeções macroeconómicas, de crescimento e de inflação do BCE divulgadas em junho refletem a melhoria do crescimento e uma avaliação de risco mais equilibrada em comparação com as previsões de março. Também indicam que a inflação vai subir no curto prazo, mas permanecerá fraca a médio prazo.

Vários membros do Conselho do BCE consideraram que as condições de financiamento "eram demasiado frágeis para permitir uma redução significativa no ritmo de compra de dívida sem correr o risco de uma subida descontrolada dos juros".

Foi igualmente salientado que "a recuperação está numa fase inicial e que lhe falta robustez", porque depende muito do apoio político e monetário.

Um endurecimento das condições de financiamento pode comprometer a recuperação económica, consideraram alguns membros, defendendo que uma redução das compras de dívida no terceiro trimestre era "inadequada no momento atual".

Outros membros argumentaram que, tendo em vista a melhoria das perspetivas de crescimento e de inflação, pode haver uma ligeira redução nas compras de dívida e mostraram preocupação com os efeitos secundários de manter uma política monetária muito expansionista por muito mais tempo.

Leia Também: Inflação e clima. O que muda na estratégia do BCE?

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