O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, revelou esta segunda-feira que Vítor Fernandes, nomeado pelo Governo para presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento, afinal não será eleito, pelo menos para já.
"Nesta altura, não devemos proceder à eleição do presidente do Conselho de Administração. Por esse motivo, não vamos neste momento eleger o dr. Vítor Fernandes, nem nenhum presidente do Conselho de Administração", anunciou o governante, garantido ainda que a decisão não envolve "nenhum juízo por parte do Governo".
"O que me parece importante nesta altura é proteger o Banco do Fomento de qualquer controvérsia relativamente à idoneidade do seu Conselho de Administração", assegurou, adiantando que pediu informações à Procuradoria-Geral da República (PGR).
"Solicitei à PGR que fosse esclarecido, se isso for possível à luz das leis do processo, qual a situação processual de Vítor Fernandes", indicou o ministro, com o objetivo de saber, se é arguido, e se há "alguma investigação dirigida à sua atuação".
Não obstante, Siza Vieira destacou a importância de haver uma equipa de gestão operacional para o Banco de Fomento o mais rapidamente possível.
Recorde-se que o nome de Vítor Fernandes foi associado, pelo Ministério Público, aos esquemas fraudulentos investigados no âmbito da Operação Cartão Vermelho, em que o principal arguido é Luís Filipe Vieira, presidente, em funções suspensas, do Benfica.
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