O ministro de Estado e das Finanças, João Leão, sublinhou, esta terça-feira, que a aprovação do plano de recuperação e resiliência (PRR) permite que os fundos cheguem à economia portuguesa e antecipa que o primeiro cheque chegue ainda este mês, sendo que o valor ainda não está 'fechado'.
"Esta aprovação final permite que estas verbas comecem agora a chegar à economia portuguesa", disse o ministro das Finanças. "Vai permitir que durante as próximas semanas, possivelmente ainda este mês, o primeiro cheque chegue, de facto, ao Estado português para ajudar a financiar a recuperação", disse o ministro, no final do Ecofin e em declarações transmitidas pela RTP3.
Questionado sobre o valor que poderá estar em causa, Leão disse que "o valor em concreto ainda está por definir".
Com a sua adoção pelo Conselho, Portugal terá direito a receber desde já cerca de 2,2 mil milhões de euros do pré-financiamento de 13% do montante global do plano, mas fontes europeias admitiram desconhecer nesta altura se os 12 Estados-membros receberão de imediato, num só desembolso, o valor do pré-financiamento a que têm direito, ou se o mesmo será pago em várias tranches, e isto atendendo a que a Comissão só fez ainda duas emissões de dívida para financiar o pacote e, entre a dúzia de PRR que serão agora formalmente adotados, encontram-se alguns dos mais significativos em termos de montantes financeiros, casos de Itália e Espanha.
"Estes fundos europeus vão chegar num momento ideal e chave para Portugal. Estamos agora numa fase de transição da fase de Emergência, em que o Estado se concentrou em dar apoios de emergência às empresas e às famílias para ajudá-las a enfrentar esta situação difícil e as empresas a resistir, a manter o emprego e a capacidade produtiva", disse o ministro das Finanças.
Conselho Ecofin aprovou, esta terça-feira, os primeiros 12 planos de recuperação e resiliência, entre os quais o de Portugal, que nas próximas semanas receberá o primeiro desembolso do 'bolo' global de 16,6 mil milhões de euros.
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