Groundforce. Sindicato diz que declarações de Marcelo "foram incompletas"
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos diz que os funcionários não se querem "imiscuir" nem em questões políticas, nem acionistas. "Querem receber pontualmente o seu salário no final do mês e querem receber o subsídio de férias que se encontra em atraso", afirmou.
© Pedro Fiúza/NurPhoto via Getty Images
Economia Groundforce
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, André Teives, disse, na segunda-feira, que as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a situação na Groundforce, em que acusou alguns responsáveis da empresa de estarem a prejudicar o país, foram "incompletas".
"As declarações do Presidente da República não nos deixam indiferentes. Claramente tomou uma posição forte, no sentido de responsabilizar a administração da Groundforce pela situação. E eu diria que as declarações do senhor Presidente da República foram incompletas, porque a obstinação é aquilo que nos temos observado de parte a parte", disse André Teives, em declarações à TVI24.
"A responsabilidade é das duas partes. Há uma parte que não tem qualquer responsabilidade, que são os trabalhadores", disse André Teives, acrescentando que os funcionários não se querem "imiscuir" nem em questões políticas, nem acionistas. "Querem receber pontualmente o seu salário no final do mês e querem receber o subsídio de férias que se encontra em atraso", atirou.
O Presidente da República criticou a Groundforce, considerando que tem havido "obstinação" por parte da empresa em geral e de alguns responsáveis em particular, mas declarou-se confiante de que o Governo encontrará uma solução em breve.
A ANA - Aeroportos de Portugal vai avançar com a revogação de uma licença de ocupação da Groundforce, alegando que a empresa de 'handling' deve 769,6 mil euros em taxas de ocupação, segundo um documento a que a Lusa teve acesso.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.
A TAP garantiu no sábado que não tem quaisquer pagamentos em atraso à Groundforce, depois de a empresa de 'handling' ter acusado a companhia aérea de ter uma dívida de 12 milhões de euros por serviços já prestados.
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