"Ontem (segunda-feira) tivemos uma reunião com o Ministério do Interior que deu garantias de segurança para os manifestantes", afirmou Júlio Mendonça.
Segundo o secretário-geral da UNTG, o Ministério do Interior deu também garantias para o protesto a realizar a 03 de agosto, feriado nacional, que assinala o massacre de Pindjiguiti, quando a polícia colonial portuguesa reprimiu um protesto de trabalhadores guineenses, provocando a morte a pelo menos 50 pessoas
"Pediram também desculpa pelo incidente" ocorrido no protesto realizado a 14 de julho, disse Júlio Mendonça.
A polícia da Guiné-Bissau dispersou no passado dia 14 com gás lacrimogéneo algumas dezenas de pessoas que se manifestavam pacificamente em frente à sede da principal central sindical do país para exigirem melhores condições de trabalho.
No local, um forte dispositivo policial começou por cercar os manifestantes, tendo-se depois afastado para em seguida começar a disparar gás lacrimogéneo.
Os manifestantes não entraram em confronto, encontrando-se apenas a gritar palavras de ordem.
A central sindical tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa (76 euros) para o dobro.