Banco Santander passa de prejuízo recorde a lucro de 3.675 milhões
O Banco Santander registou um lucro de 3.675 milhões de euros no primeiro semestre, depois do prejuízo recorde de 10.798 milhões de euros registados um ano antes, após ajustar o valor das filiais no Reino Unido, EUA e Polónia.
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Economia Santader
O lucro, excluindo o encargo líquido de 530 milhões de euros por custos de reestruturação anunciado no primeiro trimestre, foi de 4.205 milhões de euros, mais 153% do que na primeira metade de 2020, segundo o comunicado enviado ao regulador dos mercados espanhol (CNMV).
A margem bruta, que inclui as vendas, avançou 1,9% em termos homólogos e alcançou os 22.695 milhões de euros, impulsionado, entre outras coisas, pelo aumento dos créditos (2,1%) e dos depósitos (5,6%).
A taxa de crédito malparado reduziu-se, uma vez mais, até aos 3,22%, após os 3,26% de junho de 2020, enquanto o custo do crédito melhorou para os 0,94% dos 1,26% anteriores pela diminuição das provisões.
Por áreas geográficas, a Europa obteve um lucro de 1.426 milhões de euros (mais 170%), EUA 1.628 milhões de euros, América do Sul 1.645 milhões de euros (mais 41%) e o Digital Consumer Bank, formado pela união do Santander Consumer Finance (SCF) y Openbank en 2020, registou um lucro de 569 milhões de euros (mais 11%).
Em Espanha, o lucro foi de 390 milhões de euros, mais 55,8%, a beneficiar de menores provisões e da redução dos custos.
As vendas totais aumentaram 8% até aos 11.390 milhões de euros e graças a este fator e ao controle dos custos o banco conseguiu aumentar o seu lucro antes de provisões (margem líquida) em 15%, até aos 6.272 milhões de euros.
Em Portugal, o lucro do Santander Totta SGPS caiu no primeiro semestre do ano para 81,4 milhões de euros, numa redução de 52,9% relativamente a período homólogo, anunciou a instituição bancária.
Em comunicado, Pedro Castro e Almeida, presidente executivo do Banco Santander Portugal, diz que estes resultados "continuam a refletir a situação de pandemia e os respetivos efeitos sobre a atividade económica em geral" e recorda que, apesar da queda dos lucros, o banco "manteve uma posição sólida de liquidez e níveis de capitalização bastante elevados".
"Observamos, face ao semestre homólogo, um crescimento ligeiro da margem comercial, fruto da boa evolução das comissões, que mais do que compensa a redução de margem financeira", sublinha.
Na informação hoje divulgada, a instituição bancária frisa que o resultado líquido do primeiro semestre do ano foi impactado pela constituição, no primeiro trimestre, "de uma provisão no valor de 164,5 milhões de euros (líquida de impostos), para fazer face ao processo de reestruturação do banco".
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