"Precisamos de um horizonte previsível para a normalização da atividade"
Sem querer antecipar nenhuma decisão, o ministro da Economia admitiu que estamos uma "fase diferente do combate à pandemia" e que é necessário um "horizonte previsível" para a normalização da atividade económica. Siza Vieira diz que "temos agora condições para abrir" não só porque o país conseguiu "reduzir a velocidade de transmissão", mas também devido à evolução da vacinação.
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O ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse, esta quarta-feira, que a utilização do certificado digital deverá continuar durante as próximas semanas e é uma forma de evitar o encerramento dos estabelecimentos. Contudo, e sem querer antecipar nenhuma decisão do Conselho de Ministros, o ministro admitiu que estamos uma "fase diferente do combate à pandemia" e que é necessário um "horizonte previsível" para a normalização da atividade.
"Isto [o certificado digital] está a ser utilizado cada vez mais noutros países da Europa, como uma forma de recuperarmos a normalidade da nossa vida coletiva antes de atingirmos a imunidade de grupo. É provável que tenhamos ainda a utilização destes mecanismos durante algumas semanas, mas julgo que é sempre preferível isso a termos esta ideia de encerrar atividades, acho que isso é que temos de evitar", disse Siza Vieira, em declarações transmitidas pela RTP3, em Vila Real.
Questionado sobre a abertura das discotecas, Siza Vieira disse não querer antecipar nenhuma decisão, mas assumiu que "estamos numa fase diferente do combate à pandemia, já mais de 50% da população tem a vacinação completa. Nas próximas semanas vamos continuar o nosso esforço de vacinação até atingirmos a imunidade de grupo".
Por isso, Siza Vieira considera que é necessário um horizonte para a normalização da economia, mas não entrou em detalhes: "Acho que agora precisamos é de ter um horizonte previsível para a normalização da nossa atividade e eu não queria antecipar nada em concreto a esse respeito."
"Conhecemos a prevalência da variante Delta um pouco antes de outros países da Europa, que estão agora com níveis de incidência superiores ao nosso, estão a recuar em termos de medidas restritivas da economia. Nós temos agora condições para abrir, por causa do esforço que fizemos durante esta semana que nos permitiu reduzir a velocidade de transmissão e à medida que vamos progredindo na vacinação conseguimos ter mais elementos da nossa população protegida e por isso podemos utilizar agora técnicas diferentes de gestão do risco de contágio e, sobretudo, do risco de doença grave".
Questionado sobre a proposta dos peritos apresentada na terça-feira, com o alívio de restrições em quatro níveis, Siza Vieira disse que o "Governo agora tem de avaliar e aprovar de uma forma que seja o mais fácil de implementar e claro de comunicar".
Também o primeiro-ministro afirmou, na terça-feira, que o Governo está a preparar os próximos passos no processo de abertura do país, procurando obter o máximo possível de informação científica sobre a evolução da Covid-19 antes de decidir.
No final da reunião do Infarmed, em declarações aos jornalistas, a ministra da Saúde, Marta Temido, foi questionada sobre a abordagem que o Conselho de Ministros deverá ter para o futuro próximo face à atual situação epidemiológica.
Marta Temido antecipou uma "uniformidade" de medidas, perante a prevalência da variante Delta do vírus SARS-CoV-2 "em mais de 95% do território nacional" e um "número muito significativo de concelhos em que a incidência é superior a 120 casos por 100 mil habitantes" a 14 dias.
A reunião do Conselho de Ministros está agendada para quinta-feira, dia 29 de julho.
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