"Não tenho nenhuma razão para colocar em causa os objetivos" da Greenvolt
O presidente executivo (CEO) da Greenvolt, João Manso Neto, disse hoje que não tem "nenhuma razão para colocar em causa os objetivos de longo prazo" que estabeleceu, recordando a meta de crescimento de 40% ao ano, até 2025.
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Em declarações à Lusa, no dia em que foram conhecidos os resultados do primeiro semestre do grupo, com lucros de cerca de um milhão de euros, uma queda homóloga de 82,3%, Manso Neto destacou que o compromisso passa por conseguir "um crescimento de 40% ao ano até 2025", depois de um 2021 atípico, com a compra da inglesa Tilbury e a paragem de centrais de biomassa para manutenção.
"Não tenho nenhuma razão para colocar em causa os objetivos de longo prazo e em cima disto também [existe] o facto de termos mais 350 MW [megawatts] de projetos autorizados em construção até ao final de 2022 face àquilo que mostramos ao mercado quando foi o IPO [Oferta Pública Inicial]", destacou, vincando a sua "confiança nos resultados a médio prazo" e com efeito logo que seja possível "consolidar integralmente os ativos em operação", algo que acontecerá entre setembro e o final do ano.
Questionado sobre futuras aquisições, João Manso Neto disse que não estar "obcecado com isso", acrescentando que "poderá ser este ano ou para o próximo", destacando que está antes "obcecado em extrair valor daquilo que a Greenvolt tem".
Sobre o futuro da biomassa, um dos principais negócios da empresa, João Manso Neto disse que considera que "as centrais atuais estão bem para a biomassa que existe", mas admite "que haja algumas zonas do país cirúrgicas, onde centrais de biomassa poderão ter um papel importante na prevenção de incêndios", como, por exemplo, em Monchique.
O CEO da Greenvolt alertou, no entanto, para que este negócio passa sempre pelos resíduos "e nunca madeira, isso é disparate".
João Manso Neto revelou ainda que, no total, a empresa, do grupo Altri, conta com cerca de 100 trabalhadores em Portugal e no estrangeiro, sendo que, no caso nacional, em que tem cerca de 20 funcionários, o CEO admite um crescimento de 50% do pessoal.
Os lucros da Greenvolt caíram, no primeiro semestre deste ano, 82,3% em termos homólogos, para 1,032 milhões de euros, com o impacto das paragens para manutenção nas centrais de biomassa em Portugal e da aquisição da britânica Tilbury.
"Os resultados do primeiro semestre de 2021 foram impactados por vários efeitos não recorrentes, não sendo por isso diretamente comparáveis, como os custos de transação referentes, essencialmente, aos custos com a aquisição da central de Tilbury e às paragens de manutenção", salientou a empresa, num comunicado.
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