BBVA ganhou quase dois mil milhões de euros até junho
O grupo BBVA obteve um lucro líquido de 1.911 milhões de euros entre janeiro e junho de 2021, que compara com as perdas de 1.157 milhões registadas no ano anterior, resultado do impacto da pandemia.
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Economia Lucros
Excluindo os impactos não recorrentes dos resultados da alienação do BBVA USA e os custos líquidos do plano de reestruturação em Espanha, o grupo obteve um resultado de 2.327 milhões de euros, mais 146% do que em junho de 2020.
A filial espanhola do BBVA obteve um lucro de 745 milhões de euros no primeiro semestre do ano, quase sete vezes mais do que os 108 milhões do ano anterior.
Os resultados, hoje anunciados, representam 39% do lucro total do grupo no semestre - 1.911 milhões de euros - e mantêm-se na segunda posição em termos de contribuição por área geográfica, ainda longe dos 1.127 milhões de euros auferidos pela subsidiária mexicana.
O crédito a clientes cresceu 1,1% em Espanha, para 167.265 milhões, face a Dezembro, principalmente devido ao aumento de 4,6% no crédito ao consumo, incluindo cartões de crédito, bem como o concedido às PME, que aumentou 4,4%, e às instituições, que cresceu 14,3%.
Já o crédito à habitação diminuiu ligeiramente no semestre (-0,4%).
Os recursos totais de clientes diminuíram quase 1% face a dezembro de 2020, devido à diminuição de 3% dos depósitos de clientes, que compensou o crescimento de quase 6% dos recursos fora do balanço.
No que se refere às principais margens da conta espanhola, os juros - que incluem a quase totalidade das receitas - caíram 2,2%, para 1.762 milhões, afetados pelo ambiente de baixas taxas de juros e apenas parcialmente compensados por menores custos de financiamento, iguais aos do trimestre anterior.
As comissões líquidas aumentam 16,5% no último ano, favorecidas por um maior contributo dos proveitos associados à prestação de serviços bancários, gestão de ativos e atividade seguradora, explica o banco.
Desta forma, a margem bruta aumentou 5,1%, para 3.057 milhões, enquanto a líquida ficou em 1.557 milhões, após um crescimento de 13,2%, em parte devido ao corte de 2,2% nas despesas com pessoal e gerais e à menor depreciação.
A rubrica de provisões e outros resultados fechou em -202 milhões de euros, o que contrasta com os -365 milhões de euros do período homólogo, quando se arrecadou provisões para fazer face a potenciais reclamações, explica a entidade.
Quanto aos custos associados ao processo de reestruturação, que ascenderam a 696 milhões de euros, o banco recolhe-os integralmente na demonstração de resultados do Centro Corporativo, que apresentou perdas de 708 milhões de euros.
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