Lucro do CaixaBank avança para quatro mil milhões no 1.º semestre

O lucro do CaixaBank avançou para os 4.181 milhões de euros no primeiro semestre, face aos 205 milhões registados um ano antes, devido ao impacto extraordinário associado à integração com o Bankia.

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Lusa
30/07/2021 10:17 ‧ 30/07/2021 por Lusa

Economia

CaixaBank

 

Sem este efeito extraordinário, o resultado líquido do CaixaBank ter-se-ia situado nos 1.278 milhões de euros, informou hoje o banco espanhol ao regulador dos mercados de Espanha, a CNMV.

Em conferência de imprensa, o administrador-delegado do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, destacou que é com "muito orgulho" que a instituição anuncia que irá retomar a política de pagamento de dividendos para o ano fiscal de 2021, com a distribuição de 50% do lucro líquido consolidado, ajustado pelos impactos extraordinários relacionados com a fusão com o Bankia, "a ser pago num único pagamento durante 2022".

As receitas nos primeiros seis meses do ano ascenderam a 4.899 milhões de euros, mais 20,6% que no período homólogo, e a margem de juros ascendeu a 2.827 milhões de euros, mais 16,6%, enquanto as comissões aumentaram 29,5% para 1.640 milhões de euros.

"Tudo parece indicar que estamos a sair da crise e com força", declarou Gonzalo Gortázar durante a apresentação dos resultados aos jornalistas.

Sobre a reestruturação do grupo e o programa de saídas voluntária na sequência da fusão com o Bankia, que previa a saída de 6.452 funcionários, o responsável anunciou que já tinham recebido 7.900 incrições no programa e recordou que o prazo para a sua adesão se encerra hoje às 15:00.

Gonzalo Gortázar disse que o grupo está "satisfeito" com o processo de saída de funcionários e com o número de saídas alcançado que mostrou ser "adequado".

No início do mês, o CaixaBank e os sindicatos alcançaram o maior acordo de Expediente de Regulação de Emprego (ERE) da história da banca espanhola, que resultará em 6.452 saídas voluntárias de funcionários em Espanha, devido à fusão com o Bankia.

São menos 1.839 'baixas' do que o inicialmente previsto, ao mesmo tempo que se acordou evitar despedimentos compulsivos e ficaram previstas pré-reformas para funcionários a partir de 52 anos de idade.

O acordo foi alcançado após uma longa 'maratona' de negociações, que começou na terça-feira, último dia do período de avaliações do ERE, embora os contactos entre ambas as partes tenham começado em meados de abril, com a apresentação de um ERE que afetava, inicialmente, 8.291 pessoas.

As extinções de contratos foram, por fim, reduzidas para um total de 6.452, ainda que o acordo contemple, também, 570 recolocações diretas em empresas do grupo e 138 vagas em balcões que serão disponibilizados a toda a equipa.

O acordo do ERE resolve um dos principais obstáculos à fusão do CaixaBank com o Bankia, o laboral, e suaviza, ao mesmo tempo, a redução do número de balcões, uma vez que serão eliminados mais de 1.500 em toda a Espanha.

Os cortes no pessoal começam no início de novembro, nos serviços centrais, e prosseguirá para a rede de balcões num processo que os sindicatos acreditam que se prolongará pelo ano de 2022.

Na segunda metade de 2021, o banco resultante da fusão entre o CaixaBank e o Bankia deverá concluir outro grande desafio, a fusão tecnológica.

[Notícia atualizada às 10h43]

Leia Também: CaixaBank teve lucros de 4.786 milhões depois de fusão com o Bankia

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