Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados na semana passada, revelam que, apesar da recuperação, o setor do turismo ainda enfrenta desafios. O proveito médio por dormida, por exemplo, apesar de ter crescido no 1.º semestre face aos valores de 2020, ainda está abaixo dos valores de 2019, no período pré-pandemia.
Na primeira metade deste ano, "o proveito médio por dormida atingiu 41,9 euros, o que se traduziu num crescimento de 12,6% face ao mesmo período de 2020 (-2,7% quando comparado com o primeiro semestre de 2019)", pode ler-se no relatório do INE.
O setor do alojamento turístico registou 3,9 milhões de hóspedes e 9,4 milhões de dormidas no primeiro semestre, menos 15,6% e 19,1%, embora em junho tenha obtido crescimentos acentuados, segundo o INE.
"Entre janeiro e junho de 2021, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,9 milhões de hóspedes e 9,4 milhões de dormidas, correspondendo a variações de -15,6% e -19,1%, respetivamente, face ao mesmo período de 2020", pode ler-se no relatório do INE.
Quanto aos proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico "atingiram 212,7 milhões de euros no total e 158,2 milhões de euros relativamente a aposento", sendo que "comparando com junho de 2019, os proveitos totais diminuíram 54,4% e os relativos a aposento decresceram 55,4%".
Por sua vez, "o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 31,8 euros em junho (20,5 euros em maio)" e o "rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,4 euros em junho (76,7 euros em maio)".
De acordo com o INE, em junho de 2019, o RevPAR e o ADR foram 62,1 euros e 97,6 euros, respetivamente.
No primeiro semestre, "os proveitos registaram variações de -13,4% no total e -11,3% relativos a aposento (-74,2% e -74,1%, face ao primeiro semestre de 2019)", disse o INE.
No mesmo comunicado, o instituto indicou ainda que "o Algarve concentrou 34,1% das dormidas em junho, seguindo-se a AM Lisboa (16,8%), o Norte (15,8%) e o Centro (12,6%)".
O INE contabilizou ainda que em junho, "25,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (37,2% em maio)".
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