Segundo um comunicado da empresa citado pelo portal de notícias económicas Yicai, nos últimos meses, o Huarong tem estado a "limpar e descartar ativos de risco", adquiridos durante os anos da presidência de Lai Xiaomin, que foi executado, em janeiro passado, após ter sido condenado no que a imprensa oficial considerou o "maior caso de corrupção financeira" da História do país.
Da mesma forma, a pandemia fez com que alguns dos seus clientes não pudessem cumprir os seus contratos, levando a que a qualidade de alguns ativos se "deteriorasse rapidamente", o que, somado a outros fatores, acabou por ter um forte impacto nas contas do banco público.
As suas ações em Hong Kong deixaram de ser negociadas em abril passado.
O Conselho de Administração informou que reunirá no dia 28 de agosto para aprovar aquele documento e também os resultados do primeiro semestre de 2021.
O Huarong garantiu que está atualmente em "boas condições financeiras" e "totalmente preparado" para pagar futuros de títulos, depois de gastar cerca de 63,3 mil milhões de yuans (8,34 mil milhões de euros), desde abril, para liquidar obrigações vencidas.
O Huarong é um dos quatro "bancos maus" do país asiático, fundado em 1999, após a crise financeira asiática, com o objetivo de expurgar as insolvências do sistema bancário chinês, embora com a chegada de Lai (2012) se tenha transformado num consórcio e começado a investir em ativos de alto risco, abrindo o capital na Bolsa de Valores de Hong Kong, em 2015.
No final de 2017, o Huarong tinha um património líquido de cerca de 182.660 milhões de yuans (24.065 milhões de euros), embora no ano seguinte, com a prisão de Lai, tenha sido descoberto capital de risco que até então permanecia oculto.