Além da redução do volume de compras do PEPP, os analistas esperam que o BCE reitere a natureza temporária do aumento da inflação e forneça mais detalhes sobre o novo quadro estratégico relativo à implementação da política monetária, anunciado em 08 de julho.
"Dado o contexto atual, parece difícil ao BCE justificar a manutenção do ritmo mais elevado de compras de ativos decidido em março no âmbito do PEPP" porque as condições financeiras na zona euro são agora mais favoráveis, com os juros de longo prazo a caírem na sequência das tensões observadas no segundo trimestre, enquanto as expectativas de subidas de juros se deslocaram para o horizonte de 2024", afirmou Franck Dixmier, Global CIO Fixed Income, Allianz Global Investors (AllianzGI).
Contudo, um artigo do Lloys Bank refere que "a visão central no BCE será provavelmente mais cautelosa, com mais peso atribuído aos riscos relacionados com a variante delta e indicações de que o crescimento global pode estar a ser moderado".
Em relação às novas previsões do BCE, analistas afirmam que as do crescimento e da inflação deverão ser revistas em alta para este ano, mas que o argumento "transitório" da inflação a médio prazo irá provavelmente prevalecer.
Em junho, as projeções do BCE apontavam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,6%, 4,7% e 2,1% em 2021, 2022 e 2023, respetivamente, e para que a inflação se situasse em 1,9%, 1,5% e 1,4% no mesmo período.
Os mercados também esperam que o BCE esclareça hoje o novo quadro estratégico relativo à implementação da política monetária, anunciado em 08 de julho, que inclui uma nova meta simétrica de inflação de 2% (em vez de "abaixo, mas perto dos 2%").
Franck Dixmier defende que "é importante que o BCE esclareça as condições para o momento de normalização das taxas de juro (incluindo a sua orientação futura quanto à subida dos juros) e os instrumentos que vão ser postos em prática para atingir a meta de inflação".
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