Citado em comunicado, o presidente da Eurochambres, Christoph Leitl, afirmou que a "Europa precisa de grandes ideias e de ambição para responder com eficácia aos desafios sociais, ambientais e geopolíticos".
Para o líder da associação de câmaras do comércio e da indústria da Europa, tal só será possível se existir uma "economia forte", o que depende também do plano de recuperação, de um mercado único forte e de uma agenda comercial da UE "ambiciosa e assertiva".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, proferiu hoje, no Parlamento Europeu, o discurso do Estado da UE e as suas prioridades para 2022, abordando temas como a vacinação nos países de baixo rendimento, a luta contra a fraude e a evasão fiscal e o apoio humanitário.
Ursula von der Leyen "pediu que as empresas fizessem uma contribuição justa. As câmaras apoiam a luta contra a fraude e a evasão fiscal, mas não nos podemos esquecer que a grande maioria das empresas europeias já dá um contributo justo: paga os seus impostos e cumpre as regras e normas, ao mesmo tempo que cria empregos e oportunidades", apontou Christoph Leitl.
O presidente da Eurochambres destacou ainda que os empresários apresentaram uma "incrível resiliência durante a pandemia", vincando que a comunidade empresarial da Europa "deve ser reconhecida como parte da solução e não do problema".
Ursula von der Leyen anunciou hoje que o executivo comunitário vai propor um projeto de lei que vise os "lucros escondidos por detrás de empresas de fachada", com o objetivo de lutar contra a fraude e evasão fiscal.
"Na nossa economia social de mercado, é bom que as empresas tenham lucro, mas, se elas tiverem lucro, também se deve à qualidade das nossas infraestruturas, da nossa segurança social e dos nossos sistemas educativos. Por isso, o mínimo é que [as empresas] paguem uma contribuição justa", salientou.
A presidente da Comissão Europeia falava no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, no discurso do Estado da União, onde fez o balanço deste ano e projetou as prioridades para 2022.
Prometendo que a Comissão Europeia irá continuar a "lutar contra a evasão e a fraude fiscal", Von der Leyen anunciou que o executivo irá apresentar um "projeto de lei que vise os lucros dissimulados por detrás de empresas de fachada" e fazer tudo o que for possível para "selar o acordo mundial histórico sobre uma taxa mínima de imposto sobre as empresas".
"Pagar uma quantidade justa de impostos não é apenas uma questão de política financeira, mas é sobretudo uma questão de igualdade", acrescentou.
Referindo ainda que "todos beneficiaram" com o funcionamento de uma economia social de mercado na União Europeia (UE), Von der Leyen frisou que é preciso garantir que a "próxima geração consegue construir o seu futuro", após ter "sacrificado muito para preservar a segurança dos outros" e anunciou um programa visando esse objetivo.
Fundada em 1958, a Eurochambres representa mais de 20 milhões de empresas na Europa, através de 45 associados e de uma rede europeia de 1.700 câmaras regionais e locais.
Estas empresas empregam mais de 120 milhões de pessoas.
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