O primeiro-ministro, António Costa, reiterou, esta terça-feira, que sem as medidas adotadas no âmbito da pandemia, a taxa de desemprego tinha crescido mais e "teria sido o dobro". O governante destacou que os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na semana passada revelam bem a "queda brutal que sofremos".
"Na semana passada, quando o INE revelou os números da queda da economia em 2020 vimos a queda brutal que sofremos. Foi seguramente anestesiado pelo conjunto de medidas ativas que foram adotadas, em particular as de proteção do emprego", disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, justificando que "sem as medidas adotadas, o desemprego teria sido o dobro".
Por este motivo, afasta crises políticas. "Quem é que deseja crises políticas no momento em que o país está a sair da maior crise económica que alguma vez tivemos?", acrescentou o primeiro-ministro.
Pouco antes, o primeiro-ministro tinha dito que não está prevista nenhuma remodelação no Governo, apesar dos resultados das eleições autárquicas de domingo, em que o PS teve a pior contagem desde 2013.
Ataxa de desemprego caiu para 6,6% em julho, de acordo com os dados provisórios. Em junho foi de 6,8%.
O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 8,4% em 2020, acima do previsto, passando a ser o ano com a maior contração económica desde 1995, divulgou o INE.
O INE indica que os dados correspondem à versão final de 2019 e à versão provisória de 2020 das contas nacionais e traduzem "uma revisão em alta do PIB em 2019, de 0,2% em valor e volume, e uma revisão em baixa em 2020, de 1,3% em valor e 0,8% em volume, relativamente aos dados anteriormente divulgados".
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