A escalada do preço da eletricidade parece não ter fim à vista. Os dados do operador que gere o mercado ibérico diário e intradiário (OMIE) revelam que na sexta-feira vai ser atingido um novo máximo histórico, com o preço nos 216,01 euros por megawatt/hora (MWh).
O último máximo tinha sido registado, precisamente, na quarta-feira, altura em que o preço chegou aos 189,9€/MWh no mercado grossista.
Por cá, o preço da eletricidade vai voltar a aumentar, a partir de 1 de outubro, com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a determinar uma subida de 1,05 euros por mês para a maioria dos consumidores em mercado regulado.
O anúncio foi feito pela ERSE em meados deste mês, tendo explicado que a "tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso (CUR) nos mercados grossistas, sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado".
A comissão parlamentar de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território aprovou, na quarta-feira, por unanimidade, a audição do ministro do Ambiente, sobre a subida do preço da eletricidade e o programa de medidas antichoque.
O requerimento do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (PSD), incluía também as audições de várias entidades, entre elas a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que aguardam agendamento.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, garantiu, na semana passada, que não haverá aumento de preço da eletricidade para os consumidores domésticos do mercado regulado em 2022 e haverá uma redução de pelo menos 30% na tarifa de acesso às redes para os industriais.
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