O secretário de Estado dos Assuntos Ficais, António Mendonça Mendes, referiu, na quarta-feira, que a Autoridade Tributária (AT) vai dar prioridade a um recrutamento externo de modo a reforçar o quadro de pessoal.
"Perante uma situação em que temos uma idade média dos trabalhadores da Autoridade Tributária nos 56 anos, temos uma taxa envelhecimento muito elevada, temos um nível de aposentações muito elevado, uma vez que estabilizámos a revisão das carreiras especiais, temos agora que dar prioridade àquilo que é o recrutamento externo, que é absolutamente necessário e vital para o funcionamento da AT", disse o secretário de Estado, no Parlamento.
Contudo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) respondeu que as carreiras na AT não estão estabilizadas, acusando o secretário de Estado de falta de rigor, segundo um comunicado enviado à Lusa.
No texto, o STI acusa Mendonça Mendes de ter sido "pouco rigoroso ao afirmar que estabilizou as carreiras especiais da AT, pois o diploma que negociou com os sindicatos não foi ainda regulamentado, nem tão pouco abriu o concurso de transição das carreiras subsistentes".
Mendonça Mendes anunciou ainda que o Governo vai continuar a apostar no atendimento por marcação nas repartições de Finanças, considerando-o "mais eficiente", mas mantendo o atendimento espontâneo.
"Devemos insistir em desenvolver o atendimento por marcação, que é um atendimento de maior qualidade, que permite aos serviços preparar as questões que são colocadas pelos contribuintes e, dessa maneira, dar uma resposta mais adequada", afirmou António Mendonça Mendes, numa audição no parlamento sobre o Relatório de Combate à Fraude e Evasão Fiscais e Aduaneiras.
Mas esta aposta não significa, segundo o governante, que "não deva sempre existir atendimento espontâneo", mas antes que deve ser promovido, cada vez mais, o atendimento presencial por marcação, por ser um atendimento "mais eficiente, tanto para os cidadão como para a administração".
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