"É preciso responder com eficácia" a subida dos preços nas empresas

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) disse hoje que "é preciso responder com eficácia" ao aumento de custos para as empresas, nomeadamente devido ao aumento dos preços de energia.

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Lusa
15/10/2021 17:55 ‧ 15/10/2021 por Lusa

Economia

CIP

Numa conferência organizada pelo Jornal Económico, sobre os desafios que se colocam à indústria portuguesa na pós-pandemia, o líder associativo alertou que "o custo do gás natural disparou".

António Saraiva deu o exemplo de "empresas com uma fatura de gás de 100 mil euros mês que passou para 400 mil euros", referindo que este crescimento "é impossível de repercutir nos clientes".

"É preciso responder com eficácia" a estes custos de contexto, garantiu, salientando que são "aspetos externos que condicionam" as empresas e que "não estão nas mãos dos empresários".

"Já vínhamos a sair de uma crise", recordou, salientando que o tecido empresarial nacional estava a crescer em mercados e em exportações.

Esta "crise pandémica veio exigir um esforço acrescido, mas numa dinâmica de acrescentar valor aos produtos", indicou.

"De repente levamos estas alterações dos custos energéticos", alertou, apelando a que se pense na estratégia de descarbonização da União Europeia (UE).

A UE "não pode descarbonizar a sala e manter nos outros apartamentos", indicou, salientando esta é "uma questão global", com impacto na "competitividade das nações".

O preço da eletricidade no mercado grossista ('pool') subiu novamente hoje, pelo segundo dia consecutivo, para 231,82 euros por megawatt hora (MWh), o segundo mais alto desde que há registos e mais 7,5% que na quinta-feira.

De acordo com informação da página do OMIE, operador de mercado elétrico designado para a gestão do mercado diário e intradiário de eletricidade na Península Ibérica, o preço máximo alcançado hoje foi de 265,00 euros/MWh e o mínimo de 201,06 euros/MWh, tendo sido transacionados 136 GWh de energia, a um preço médio de 231,82 euros por MWh.

Com esta nova subida, o preço da eletricidade de hoje (terceira sexta-feira do mês) excede pela oitava vez a barreira dos 200 euros/MWh, todos registados em outubro, e é o quíntuplo do valor registado no 'pool' na terceira sexta-feira de outubro do ano passado (43,33 euros).

Assim, durante a primeira quinzena de outubro, o preço do mercado grossista atingiu em média 202,8 euros/MWh, ou seja, o mês mais caro da história.

A escalada dos preços que afeta grande parte da Europa deve-se, entre outros fatores, ao aumento do custo do gás nos mercados internacionais, que é utilizado em centrais elétricas de ciclo combinado, e ao aumento do preço dos direitos de emissão de dióxido de carbono (CO2).

Leia Também: Costa não exclui acordo com BE mas recusa perder-se em questões formais

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