Em comunicado, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), o órgão máximo de planificação económica do país, disse que 153 minas foram autorizadas, desde o mês passado, a aumentar a sua capacidade de produção em 220 milhões de toneladas por ano.
Trata-se de um aumento de 5,7%, face à produção total da China no ano passado (3,84 mil milhões de toneladas).
As medidas foram tomadas visando "garantir o abastecimento de carvão, durante o inverno e na próxima primavera", explicou a agência de planeamento.
Só no trimestre atual, a produção das minas deve aumentar em 50 milhões de toneladas, apontou a mesma fonte.
O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu que o seu país vai começar a reduzir as emissões poluentes antes de 2030. A CNDR apontou que a produção diária de carvão atingiu "recentemente" um recorde de 11,5 milhões de toneladas.
O carvão, fonte de energia particularmente poluente, fornece cerca de 60% da produção de eletricidade chinesa.
Nas últimas semanas, o país asiático enfrentou cortes de energia, que interromperam a produção industrial em várias regiões.
Entre as razões apontadas para esses cortes estão a recuperação económica global, que pressiona as fábricas a aumentar a produção, os limites da produção de carvão impostos pelos objetivos para o clima e a existência de um preço regulado da eletricidade.
O Governo chinês anunciou recentemente uma desregulação parcial dos preços da eletricidade vendida aos fabricantes.
Xi prometeu em meados de setembro também que o seu país não vai construir novas centrais a carvão no exterior.
A China é o maior produtor mundial de carvão e o país que mais emite gases poluentes.
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