Novo Banco passa de prejuízos a lucros de 154,1 milhões no 3º trimestre

O Novo Banco anunciou hoje que registou lucros de 154,1 milhões de euros (ME) até ao terceiro trimestre do ano, uma melhoria face aos prejuízos de 853,1 milhões registados no mesmo período do ano passado.

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Lusa
28/10/2021 17:24 ‧ 28/10/2021 por Lusa

Economia

Novo Banco

 

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"O novobanco [nova estilização do nome do banco] apresenta um resultado positivo acumulado de 154,1 ME (9M20: -853,1 ME). O resultado do 3.º trimestre foi de +16,4 ME, sendo o terceiro trimestre consecutivo com resultados positivos", já que também lucrou no primeiro (70,7 ME) e no segundo (67,0 ME).

Os resultados acumulados até setembro foram contabilizados "apesar do impacto negativo da operação de troca de dívida concluída no trimestre (-73,5 ME) que permitirá poupanças futuras", pode ler-se no comunicado do banco, também enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Para o presidente executivo do banco, António Ramalho, citado no comunicado, "os resultados positivos demonstram o crescimento do negócio sustentável com o produto bancário comercial a crescer 6,8%, ao mesmo tempo que os custos operativos caem 3,9%".

Também a margem financeira e serviços a clientes aumentaram no período, totalizando 213,2 milhões de euros, "um crescimento face ao período homólogo de 7,3% e 5,8%, respetivamente".

Esse crescimento "contribuiu para a melhoria do produto bancário comercial em mais 6,8% face ao período homólogo", tendo a margem financeira refletido "a redução das taxas médias dos depósitos, o menor custo de financiamento de longo-prazo e a manutenção da política de preços", segundo o banco.

Já o resultado operacional 'core' (produto bancário comercial menos custos operativos) aumentou para 332,3 ME, depois da subida de 52,9 milhões no mesmo período do ano passado, um "resultado da melhoria do produto bancário comercial e da redução dos custos operativos" que diminuíram 3,9%, correspondentes a 12,4 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2020.

Quanto ao rácio 'cost to income' (custos - proveitos, que mede a eficiência), "excluindo resultados de mercados e outros resultados operacionais, manteve a sua trajetória de melhoria situando-se em 47,9%", depois de 53,2% no mesmo período do ano passado, 52,2% em 2020 e 48,1% no primeiro semestre.

"As imparidades para crédito totalizaram 115,0 ME, que incluem 40,2 ME de imparidade para riscos relacionados com a covid-19, apresentando uma redução de -70,0% (-268,3 ME) face ao período homólogo", pode também ler-se no comunicado do banco liderado por António Ramalho.

A instituição financeira registou ainda uma evolução positiva dos recursos totais de clientes em 3,2% face ao final do ano passado, com um aumento de 1.026 milhões de euros. Face a setembro de 2020, registou-se um aumento de 666 milhões.

O Novo Banco registou ainda um rácio de crédito malparado (NPL, 'non-performing loans', em inglês) de 7,3% no final de setembro, o que compara com 8,9% no final do ano passado e 9,7% em setembro de 2020.

Já o rácio de cobertura de NPL aumentou de 76,3% em setembro de 2020 para 81,5% no mesmo período deste ano.

Quanto aos rácios de capital, o CET1 [rácio de fundos próprios principal de nível 1], está nos 10,9%, e o total nos 12,8%, valores ainda provisórios.

Leia Também: CFP alerta para riscos na TAP e falta de orçamentação para Novo Banco

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