Em comunicado, o banco deu conta de que esta "evolução favorável" incluiu "o efeito proporcionado pelos resultados líquidos positivos referentes ao terceiro trimestre de 2021 no montante de 19 milhões de euros".
"A evolução dos resultados líquidos entre os primeiros nove meses de 2020 e idêntico período de 2021 foi determinada pelas menores dotações para imparidades de crédito contabilizadas nos primeiros nove meses de 2021, revelando os impactos positivos induzidos pela política definida para a avaliação de risco de crédito e as medidas implementadas nas áreas de acompanhamento e de recuperação de crédito", lê-se na mesma nota.
De acordo com o banco, "a margem financeira nos primeiros nove meses de 2021 totalizou 179 milhões de euros, comparando com os 182 milhões de euros contabilizados no período homólogo do ano anterior", sendo que este indicador beneficiou "da redução do custo dos depósitos e da subida do crédito, em ambos os casos traduzindo o impacto das medidas que têm vindo a ser adotadas com vista a potenciar o negócio com as PME e com os clientes particulares, salientando-se o crédito à habitação e ao consumo".
Já as comissões líquidas nos primeiros nove meses de 2021,"no montante de 83 milhões de euros, permaneceram estáveis face ao valor contabilizado em idêntico período de 2020", adiantou o Montepio.
Por sua vez, os custos operacionais "ascenderam a 198 milhões de euros, ao incluírem custos não recorrentes de 9,4 milhões de euros relacionados com a implementação do plano de ajustamento operacional (redução do quadro de colaboradores e a alienação de ativos não estratégicos)".
No fim de setembro deste ano, os depósitos de clientes "ascenderam a 12.672 milhões de euros, o que representa um aumento de 367 milhões de euros face ao valor registado no final do período homólogo de 2020, com os depósitos de clientes particulares a representarem 76%", disse o Montepio.
No período em análise, o 'buffer' de liquidez, "apurado pela soma do valor registado na rubrica de balanço caixa e disponibilidades em Bancos Centrais com o valor de mercado dos títulos disponíveis para obtenção de liquidez junto do BCE, ascendeu aos 3,5 mil milhões de euros, refletindo uma confortável posição quanto à liquidez imediatamente disponível", garantiu a instituição.
Paralelamente, em 30 de setembro de 2021, o crédito líquido de imparidades totalizou 11.710 milhões de euros, um valor que compara com 11.578 milhões de euros registados no final de 2020, "materializando um crescimento de 1,1% no corrente ano, evidenciando a efetividade das campanhas de 'marketing' adotadas nos primeiros nove meses de 2021", lê-se no comunicado do banco.
O banco registou ainda um "aumento de 10,8% no número de clientes aderentes aos canais digitais" face ao ano passado e uma "redução das exposições não produtivas (NPE) em 288 milhões de euros, com o rácio NPE a fixar-se em 9,4%, comparando favoravelmente com os 11,6% de setembro de 2020".
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