CAP defende eleições em fevereiro para haver campanha eleitoral efetiva
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse que defendeu hoje, na audiência com o Presidente da República, a realização de eleições legislativas num prazo curto, mas que permita uma campanha eleitoral efetiva.
© Lusa
Economia OE/Crise
"A CAP defende que haja tempo para a realização de uma campanha que, sem comprometer a necessidade de uma resposta eleitoral célere, permita o debate democrático e o escrutínio amplo aos programas eleitorais e às diversas propostas políticas que venham a ser apresentadas. Eleições num prazo curto, sim; mas num prazo que permita debate, esclarecimento e escrutínio", começou por explicar a confederação, em comunicado.
Desta forma, para a entidade, "as eleições não se deverão realizar antes de fevereiro", para que, assim, "possa haver uma campanha eleitoral esclarecedora e consequente".
O Presidente da República está hoje reunido com os parceiros sociais, na sequência do 'chumbo' do Orçamento do Estado para 2022, na quarta-feira, com os votos contra do PSD, BE, PCP, CDS-PP, PEV, Chega e IL, abrindo caminho a eleições legislativas antecipadas.
O PS foi o único partido a votar a favor da proposta orçamental, que mereceu as abstenções do PAN e das duas deputadas não-inscritas, Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.
Em comunicado, a confederação adianta que transmitiu ainda ao Chefe de Estado a sua "apreensão sobre a possibilidade de promulgação de diplomas oriundos da Assembleia da República neste período que antecede a dissolução daquele órgão, por saber que já existe agendamento de matérias com impacto negativo no setor agrícola".
Para a CAP, compete ao Presidente da República, nesta fase, "um especial dever de apreciação e fiscalização sobre a produção legislativa".
"Preocupa a CAP que, por motivos de tática político-eleitoral, sejam aprovados diplomas de forma precipitada, apenas destinados a servirem interesses táticos e conjunturais. Nesse sentido, a CAP pediu ao senhor Presidente da República que tenha particular atenção à produção legislativa capaz de afetar negativamente o mundo rural", rematou.
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