"As previsões da Comissão Europeia mostram que o cenário macroeconómico e orçamental apresentado pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2022 é credível e que os portugueses podem ter confiança no futuro", pode ler-se num comunicado enviado pelo Ministério das Finanças às redações.
As previsões de Bruxelas "confirmam, ainda, que o contexto de incerteza política que atravessamos não teve origem em problemas financeiros nem numa crise de finanças públicas, como aconteceu no passado", refere o ministro de Estado e das Finanças.
João Leão também assinala que os números hoje dados a conhecer por Bruxelas "mostram que a atual situação não está a ser percecionada como um risco para as metas previstas no cenário apresentado pelo Governo em outubro".
No comunicado, o Ministério das Finanças assinala que as previsões de Bruxelas confirmam "as perspetivas de forte recuperação económica do país, em linha com as estimativas apresentadas na proposta de Orçamento do Estado para 2022", apesar de serem mais pessimistas.
O gabinete de João Leão realça que "as estimativas da CE confirmam que Portugal vai voltar a crescer significativamente acima da zona euro em 2022, com um crescimento de 5,3%, 1 p.p. [ponto percentual] acima da zona euro (4,3%)".
Quanto às finanças públicas, "a melhoria das previsões da CE para o défice orçamental está alinhada com o valor apresentado pelo executivo na proposta de Orçamento do Estado para 2022, confirmando a credibilidade das contas do Governo".
Já relativamente à redução da dívida pública, os números "mostram que Portugal está no bom caminho para assegurar a sustentabilidade das finanças públicas e a estabilidade financeira".
A Comissão Europeia (CE) melhorou as previsões de crescimento para a economia portuguesa para 4,5% este ano e 5,3% no próximo, estimativas que ficam, contudo, aquém das do Governo, segundo as Previsões Económicas de outono hoje divulgadas.
Bruxelas espera ainda que o défice português atinja os 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e que a dívida pública chegue aos 128,1% do PIB este ano, previsões piores do que as do Governo.
Por outro lado, o executivo europeu prevê que a taxa de desemprego portuguesa atinja os 6,7% este ano, uma previsão mais otimista do que a do Governo, prevendo descidas subsequentes em 2022 e 2023.
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