Lucros do Crédito Agrícola crescem 85,6% até setembro para 129 milhões
O grupo Crédito Agrícola registou nos primeiros nove meses deste ano lucros de 129 milhões de euros, um crescimento de 85,6% em relação ao período homólogo e de 23% face ao mesmo período de 2019, segundo um comunicado.
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Economia Crédito Agrícola
Na informação, hoje divulgada pela instituição, o Crédito Agrícola deu conta de que "o negócio bancário contribuiu com 115,1 milhões de euros para este resultado, número que compara com 56,6 milhões de euros verificados em 2020, um crescimento homólogo de 103,5%".
Nos primeiros nove meses do ano, "o produto bancário continuou a apresentar uma evolução favorável, de 20,6 milhões de euros, ou 5%, em comparação com o período homólogo, para 429,6 milhões de euros", revelou a instituição, sendo que "para este crescimento, contribuíram revisões da margem financeira e das comissões líquidas de 1,4 milhões de euros (+0,6%) e de 3,1 milhões de euros (+4,0%), respetivamente, e acréscimos da margem técnica do negócio segurador que melhorou 41,9% (+14,7 milhões de euros) e de outros resultados (com uma variação de +12,3 milhões de euros)".
Estes efeitos acabaram por compensar "o decréscimo que se verificou no resultado das operações financeiras, que decaiu 11 milhões de euros face aos nove meses de 2020 para 55,4 milhões de euros".
Paralelamente, "como reflexo do continuado apoio prestado pelo grupo Crédito Agrícola à economia nacional, a carteira de crédito (bruto) a clientes apresentou um crescimento de 5,8% nos últimos 12 meses, para 11,7 mil milhões de euros", lê-se na mesma nota.
Por outro lado, "os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizavam aproximadamente 18,6 mil milhões de euros, mantendo o ritmo de crescimento de 13,5% face ao período homólogo".
O Crédito Agrícola revelou ainda que o seu rácio bruto, em setembro, de Non Performing Loans (NPL, ou crédito em incumprimento) "situou-se em 7,6%, registando uma evolução favorável face aos 8,1% verificados no final de 2020, dado explicado pela forte colaterização da carteira de crédito".
Depois do final do período de moratória legal, no fim de setembro, o banco contava com "uma redução de 86,8% dos montantes em moratória, de 2.767 milhões de euros para 365 milhões de euros", sendo que "do total de moratórias expiradas, no valor de 2.679 milhões de euros, 98,95% retomaram o plano de pagamento original e 87,7% encontram-se em situação regular", salientou.
No comunicado, o grupo garantiu ainda que "apresenta um confortável nível de solvabilidade, consubstanciado pelos rácios CET1 e de fundos próprios totais de 17,6% (excluindo resultado líquido do período), um rácio de alavancagem de 8,2% e um rácio LCR de 397,6%, todos com uma folga considerável face aos níveis mínimos recomendados".
O banco recordou ainda que, este mês, "realizou a sua primeira emissão de dívida no mercado internacional, em concreto, através de títulos representativos de dívida sénior preferencial, ligados à Sustentabilidade Social", numa operação no montante de 300 milhões de euros, que "tem um prazo de cinco anos, com opção de reembolso antecipado no final do quarto ano e um preço de emissão de 99,906%, com uma taxa de cupão anual de 2,50% nos primeiros quatro anos, e remunerada posteriormente à taxa Euribor 3M, acrescida de uma margem de 260 pontos base".
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