Galp assegura que rutura no gás de cozinha será "coisa do passado"

O presidente da Galp Moçambique, Paulo Varela, disse hoje que as quebras no fornecimento de gás de cozinha no país serão "uma coisa do passado", como resultado dos investimentos da empresa na armazenagem e engarrafamento.

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Lusa
24/11/2021 11:35 ‧ 24/11/2021 por Lusa

Economia

Moçambique

"As roturas de abastecimento que ocasionalmente afligiam o país serão uma coisa do passado", afirmou Varela.

Aquele gestor falava durante a inauguração das obras de renovação da fábrica de enchimento de garrafas de gás de cozinha da Galp, na cidade da Matola, província de Maputo, sul de Moçambique.

A infraestrutura renovada, prosseguiu, vai permitir que o país africano tenha maior disponibilidade daquele tipo de combustível a par da massificação do produto, sendo que o carvão e lenha ainda predominam.

"Com a nova unidade de enchimento a funcionar em pleno, a nossa capacidade de disponibilizar garrafas ao mercado vai aumentar de forma muito significativa e acabar, assim, com a escassez que, intermitentemente, nos afligia", enfatizou.

Paulo Varela avançou que a Galp investiu 12 milhões de dólares (10,6 milhões de euros) no novo empreendimento, dotando a unidade com um novo sistema com capacidade de enchimento de 1.200 garrafas de gás de cozinha de 11 quilos, por hora, e uma nova unidade de enchimento de garrafas de 45 quilos com capacidade para duas dezenas de garrafas, por hora.

A infraestrutura contempla igualmente uma ligação canalizada ao terminal da Matola, inaugurado há um ano, e uma nova linha de enchimento para camiões-cisterna.

"Esta infraestrutura é também o culminar de um conjunto importante de investimentos da Galp no segmento do gás doméstico", salientou Paulo Varela.

Os investimentos incluíram a construção de um terminal de armazenagem de combustíveis líquidos com capacidade para 60 milhões de litros e seis mil metros cúbicos de gás de cozinha, permitindo a receção do produto por via marítima e o transporte por camião e comboio.

O presidente da Galp Moçambique frisou que o país é também uma plataforma para a expansão de consolidação da presença da petrolífera portuguesa na África Austral, onde a atividade da companhia tem ganhado cada vez mais força.

O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, João Machatine, destacou, na ocasião, a aposta do executivo na massificação do uso do gás de cozinha visando a substituição do recurso à lenha e ao carvão pelas famílias, por ser uma prática que provoca a desflorestação.

"Este investimento, esta unidade, enquadra-se na prioridade do Governo, que é massificar o uso do gás de cozinha e esta massificação só é possível com o aumento da capacidade de produção e de armazenamento", declarou Machatine.

Com a entrada em funcionamento do novo empreendimento da Galp, Moçambique aumenta a produção de garrafas de gás de cozinha de 27 mil para 33.754 garrafas, um incremento de 25%, ou seja, pouco mais de um milhão de garrafas por mês, afirmou.

Para ilustrar os benefícios da massificação de fontes alternativas de energia para a conservação da floresta, João Machatine assinalou que a produção de uma quantidade equivalente a um saco de carvão vegetal implica o abate de seis árvores, no mínimo.

Por outro lado, o uso de carvão vegetal retira economias às famílias, pois este tipo de combustível é mais caro do que a compra mensal de uma botija de gás.

A inauguração de uma nova unidade de enchimento de gás da Galp na cidade da Matola contou com a presença do diretor-geral da Galp Andy Brown e dirigentes do governo da província de Maputo.

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