Mais tempo de saldos e vendas online tiram força à Black Friday

A 'Black Friday' deste ano nos Estados Unidos registou uma afluência "quase normal" para período de saldos, graças à normalização das compras 'online', à extensão dos saldos por períodos mais longos e a quebras de abastecimento.

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Lusa
27/11/2021 06:02 ‧ 27/11/2021 por Lusa

Economia

EUA

 

Os centros comerciais e as lojas relataram multidões de "tamanho decente", e não as inundações de pessoas que costumavam lutar pelos últimos brinquedos e eletrónica, porque as compras 'online' tornaram-se demasiado comuns e os descontos são maiores e espalhados ao longo das semanas que antecedem o Natal, tanto em 'websites' como em lojas, noticia hoje a AP.

Contudo, os artigos esgotados devido a crises de abastecimento, os preços mais elevados do gás e dos alimentos, e a escassez de mão-de-obra tornam mais difícil responder aos clientes, o que está a frustrar os compradores.

O maior centro comercial do país, o Mall of America, em Bloomington, Minnesota, informou que hoje os números globais de movimento na abertura aumentaram mais do dobro em comparação com um ano atrás.

No entanto, tal como muitos retalhistas e restaurantes, os problemas de pessoal afetaram o centro comercial, que teve de gerir as horas de abertura.

Até agora, as vendas de Black Friday - incluindo online - aumentaram 12,1% pela manhã, de acordo com a Mastercard SpendingPulse, que regista os gastos em todos os tipos de despesas, incluindo dinheiro e cartões de crédito.

Steve Sadove, conselheiro da Mastercard classificou o momento de abertura como "impressionante", mas ainda assim as vendas decorriam abaixo da previsão de crescimento de 20% para o dia.

As vendas globais de época de férias deverão crescer este ano. Para o período de novembro e dezembro, a National Retail Federation, o maior grupo de comércio a retalho do país, prevê que as vendas aumentem entre 8,5% e 10,5%.

Em 2020, estas vendas aumentaram cerca de 8%, numa altura em que os consumidores, confinados durante a parte inicial da pandemia, gastaram o seu dinheiro a comprar pijamas e bens domésticos.

Embora a 'Black Friday' tenha uma forte influência na imaginação dos americanos como um dia de compras loucas, perdeu fama na última década, à medida que as lojas foram abrindo no Dia de Ação de Graças e as compras se desviaram para a Amazon e outros retalhistas 'online'.

Além disso, as lojas diluíram ainda mais a importância do dia ao estenderem as vendas da 'Black Friday' por cada vez mais dias.

A pandemia levou muitos retalhistas a fecharem lojas no Dia de Ação de Graças e a impulsionarem os descontos nos seus 'websites', começando logo em outubro, o que se repetiu este ano, embora as lojas estejam abertas.

Várias lojas anunciam saldos até 50% nas vitrinas, mas o aspeto é diferente de anos passados, quando altas pilhas de mercadoria costumavam estar em exposição.

Por outro lado, as cadeias mais pequenas estão a ter mais dificuldade em gerir os problemas de abastecimento, com relatos de mercadoria ainda em trânsito.

Os atrasos nas cadeias de abastecimento são uma grande preocupação este ano, e tanto as lojas como os compradores estão a tentar encontrar soluções para estes problemas. Alguns dos maiores retalhistas dos EUA estão a reencaminhar as mercadorias para portos menos congestionados e até mesmo a fretar os seus próprios navios.

Ainda assim, os especialistas acreditam que a 'Black Friday' será novamente o dia de compras mais movimentado do ano.

As vendas a retalho nos EUA, excluindo automóveis e gás, desta última segunda-feira até domingo deverão aumentar 10%, face ao ano passado, e 12%, quando comparadas com a época festiva de 2019, de acordo com a Mastercard SpendingPulse, que mede as vendas globais a retalho em todos os tipos de pagamento.

Vários centros comerciais em Long Island estavam mais movimentados do que no ano passado, mas não houve frenesim, revelou Marshall Cohen, da empresa de estudos de mercado NPD Group.

Consumidores à porta das lojas no momento da abertura relataram que as "multidões eram pequenas".

Segundo Aurelien Duthoit, consultor na Allianz Research, espera-se que os consumidores paguem em média entre 5% a 17% mais pelas compras de brinquedos, vestuário, eletrodomésticos, televisores e outros bens na 'Black Friday' deste ano, em comparação com o ano passado, porque quaisquer descontos disponíveis serão aplicados a bens que já estão mais caros.

As compras online continuam com muita procura, e é expectável que as vendas aumentem 7% durante a semana, embora há um ano os ganhos tenham chegado aos 46%, quando muitos compradores ficaram em casa, de acordo com dados da Mastercard.

Para a época de férias, no geral, as vendas 'online' deverão aumentar 10% face ano anterior, em que se registou um aumento de 33%, segundo o índice Adobe Digital Economy.

 

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