Marta Ortega é nova presidente do maior grupo têxtil do mundo
Marta Ortega, filha do fundador do grupo têxtil espanhol Inditex (Amancio Ortega), foi nomeada nova presidente da empresa proprietária de marcas como Zara e Massimo Dutti, anunciou hoje o grupo em comunicado.
© Lusa
Economia Inditex
"O Conselho de Administração da Inditex, por iniciativa do seu presidente Pablo Isla e do seu fundador Amancio Ortega [...] aprovou a nomeação de Marta Ortega Pérez como presidente do grupo", segundo o comunicado publicado também na Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhol.
Marta Ortega vai substituir a partir de 1 de abril de 2022 Pablo Isla, presidente da Inditex desde 2011 quando foi nomeado por Amancio Ortega.
O Conselho de Administração também nomeou Oscar García Maceiras, até agora secretário-geral do gigante têxtil, como presidente executivo (CEO) da empresa, sendo esta nomeação "com efeito imediato".
Com estas alterações, que serão ratificadas na próxima assembleia de acionistas do grupo, é concluído o processo de rejuvenescimento da direção da empresa que teve início em 2011 com a substituição de Amancio Ortega como presidente da Inditex.
Pablo Isla abandona assim um grupo que dirigiu durante 17 anos, primeiro como vice-presidente e presidente executivo desde 2005 e, a partir de 2011, como presidente, cargo no qual permanecerá até 31 de março de 2022.
Marta Ortega nasceu em 10 de janeiro de 1984 da união entre Amancio Ortega e a sua segunda esposa, Flora Perez, tendo ocupado vários cargos no grupo desde 2007.
A Inditex, que é proprietária de oito marcas de pronto-a-vestir, incluindo Zara, Stradivarius, Bershka e Massimo Dutti, é o grupo líder mundial de roupa a retalho, à frente da H&M, da Suécia, estando presente nos cinco continentes com mais de 6.500 lojas nas zonas comerciais mais movimentadas do mundo.
As ações da Inditex caíram mais de 4% no início da sessão de hoje na bolsa de valores de Madrid, depois de ser anunciada a nomeação de Marta Ortega.
O grupo teve um lucro de 1.106 milhões de euros no seu exercício fiscal de 2020, um ano muito influenciado pela pandemia de covid-19 em que os resultados foram quase 70% menores do que o obtido um ano antes.
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