Fitch Ratings: "Ainda é cedo" para prever efeitos de variante Ómicron
A consultora Fitch Ratings assinalou hoje que "ainda é cedo" para incorporar os efeitos da variante da covid-19 Ómicron nas suas previsões de crescimento económico "até que mais seja conhecido sobre a sua transmissibilidade e severidade".
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Economia Omicron
"Atualmente acreditamos que outra grande e sincronizada desaceleração global, como a vista no primeiro semestre de 2020, é altamente improvável, mas o aumento da inflação vai complicar as respostas macroeconómicas se uma nova variante dominar", refere a consultora num comunicado hoje divulgado.
Apontando que "ainda não é claro" que a Ómicron seja mais transmissível do que outras variantes, como a Delta, a Fitch Ratings considera que a possibilidade de uma nova variante que requeira "intervenções não farmacêuticas, como os restritivos encerramento de fronteiras" para conter a transmissão "é um risco continuado para a economia global".
Ainda assim, a consultora regista que a "experiência da maioria dos grandes países sugere que as sucessivas vagas de infeções têm diminuído os efeitos do crescimento, à medida que as economias se adaptam", destacando as alterações nos padrões de trabalho e consumo.
A Fitch Ratings sublinha que fatores como os programas de vacinação e o melhor entendimento científico do vírus Sars-CoV-2 "reduziram a necessidade de intervenções não farmacêuticas face ao início da pandemia" e que o critério para reintroduzir confinamentos totais subiu.
"Estes fatores tornam a repetição da contração sem precedentes do produto interno bruto (PIB) global do primeiro semestre de 2021 improvável. Ainda assim, o regresso dos níveis pré-pandemia dos níveis de atividade dos setores mais expostos, como o turismo e as viagens internacionais, será afetado", assinala a consultora.
A covid-19 provocou pelo menos 5.206.370 mortes em todo o mundo, entre mais de 261,49 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul, tendo sido identificados, até ao momento, 13 casos desta nova estirpe em Portugal.
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