Remuneração de novos depósitos em mínimo histórico de 0,04%
A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares atingiu em outubro um novo mínimo histórico de 0,04%, tendo os novos depósitos somado 3.556 milhões de euros, mais 34 milhões face a setembro, segundo o BdP.
© Lusa
Economia Depósitos
De acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP), há vários meses que a taxa de juro média dos novos depósitos de particulares se mantinha em 0,05%, "prolongando a tendência de descida registada nos últimos anos", sendo que desde novembro de 2015 que a remuneração média destes depósitos em Portugal se situa abaixo da média da área do euro.
Em outubro, os bancos concederam um total de 1.882 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares (abaixo dos 1.995 milhões de setembro), dos quais 1.263 milhões de euros para a finalidade de habitação (contra 1.331 milhões em setembro), 412 milhões de euros para a finalidade de consumo (437 milhões no mês anterior) e 207 milhões de euros para outros fins (227 milhões de euros em setembro).
A taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo subiu para 6,65%, enquanto na habitação a taxa de juro média subiu para 0,82%, acompanhando a evolução da Euribor a 12 meses, indexante mais utilizado no crédito à habitação.
Apesar desta subida e quando considerada apenas a componente de encargos relativa a juros, o BdP nota que "Portugal era o país com a segunda taxa de juro mais baixa da área euro", numa situação que "resulta, em parte, da prevalência em Portugal do crédito com taxa variável".
Considerando a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), ou seja, a taxa que engloba todos os custos associados à contratação do empréstimo (e não apenas a taxa de juro em si), Portugal situava-se acima da média da área euro.
No que se refere às empresas, em outubro o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos aumentou 149 milhões de euros, para 2.384 milhões, dos quais 58% corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a um milhão de euros.
"A taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas apresentou uma ligeira subida, mas manteve-se em níveis historicamente baixos: 2,09% em outubro, valor acima dos registados em setembro de 2021 (2,03%) e em outubro do ano passado (2,07%)", refere o banco central.
Numa análise por classe de montante, verifica-se que a taxa de juro dos novos empréstimos de montante inferior ou igual a um milhão de euros aumentou para 2,30%, enquanto a taxa de juro dos empréstimos de montante superior a um milhão de euros subiu para 1,80%.
Em outubro, os novos depósitos de empresas totalizaram 921 milhões de euros, dos quais 881 milhões de euros foram aplicados em depósitos até um ano, remunerados a uma taxa de juro média de 0,03%.
Na área do euro, a taxa de juro dos novos depósitos de empresas permanece negativa desde agosto de 2019.
Os dados relativos a novembro serão divulgados em 05 de janeiro.
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