Há "poucos argumentos" para "não reverter encerramento" da refinaria
A Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal (CCT) disse hoje que "poucos argumentos haverá para não reverter o encerramento da refinaria do Porto", em Matosinhos, acreditando que tal "continua a ser possível", segundo um comunicado.
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Economia Refinaria
Na informação hoje divulgada, a estrutura faz "um balanço" do processo, passado um ano do encerramento, ao qual deixa várias críticas.
"Centenas de trabalhadores da empresa foram empurrados para o desemprego com alegadas rescisões por mútuo acordo ou em forma de despedimento coletivo", sublinha, indicando que "milhares de trabalhadores de empresas prestadoras de serviço ficaram desempregados" e que a "empresa [Galp] importou centenas de toneladas de produtos petrolíferos e já se verifica que há estações de serviço da Repsol a serem abastecidos diretamente a partir de Espanha via camião-cisterna".
Além disso, salientou a CCT, "mais de 20 produtos muito relevantes para a indústria nacional deixaram de ser produzidos em Portugal, apesar da sua valorização vertiginosa neste ano, 84% em média no primeiro semestre", destacando que "a refinaria do Porto era das mais eficientes em termos energéticos, logo em emissões de CO2 e o seu encerramento pouco ou nada determinou".
A Comissão voltou a criticar o primeiro-ministro, António Costa, que diz ter mantido "nove meses de silêncio e total conivência com a administração", apontando "um episódio de histerismo eleitoralista", que "já lhe passou".
"Perante factos, poucos argumentos haverá para não reverter o encerramento da refinaria do Porto, algo que continua a ser possível e necessário tanto para a empresa como para o país e que a CCT não desiste de afirmar perante os dados concretos de que dispõe", lê-se na mesma nota.
Segundo a comissão, "perante os fundos europeus que estão já prometidos para os projetos da empresa", a CCT repara que se continua "no plano das declarações de intenções e que o apoio público deverá ser fiscalizado e acompanhado de a condição desses fundos não servirem a vertigem dos dividendos distribuídos aos acionistas".
A CCT acredita que "esta condição é a única que pode garantir o mínimo de higiene num processo pouco transparente com volumosos custos potencias para o país".
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