Em nota na sua página oficial, a companhia aérea de bandeira cabo-verdiana adiantou que o primeiro voo vai acontecer em 03 de fevereiro, saindo de Lisboa e com destino à cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente.
O avião vai regressar a Lisboa no dia seguinte, 04 de fevereiro, ainda segundo a mesma companhia aérea.
A Cabo Verde Airlines retomou as operações na rota Lisboa-Praia em 29 de dezembro, coincidindo com o 63.º aniversário da companhia aérea cabo-verdiana.
Na semana passada, após assembleia-geral extraordinária, a presidente da CVA, Sara Pires, previu também para fevereiro o regresso dos voos na rota Lisboa--Sal, e entre Praia e Boston (Estados Unidos da América) no segundo trimestre.
Ainda durante este ano, Sara Pires avançou que a transportadora de bandeira cabo-verdiana pretende retomar ligações a Paris e ao marcado brasileiro.
A companhia retomou as operações com um avião, com duas ligações semanais Praia--Lisboa, mas segundo a presidente deverá introduzir um novo aparelho no segundo trimestre do próximo ano e até final de 2023 ter três aviões a voar com as suas cores.
Todo este plano de retoma, alertou, está condicionado pela situação da pandemia de covid-19 neste momento, com o recrudescer de casos novos não só em Cabo Verde, com a circulação da variante Ómicron.
Anteriormente, o Governo tinha apontado a retoma dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), que não operam voos comerciais desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19, durante o primeiro trimestre de 2022.
Em março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da TACV por 1,3 milhão de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines -- nome comercial da companhia) e em 30% por empresários islandeses com experiência no setor da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
O Estado cabo-verdiano assumiu em 06 de julho a posição de 51% na TACV, alegando vários incumprimentos na gestão e dissolvendo de imediato os corpos sociais.
Em 26 de novembro, a Loftleidir Cabo Verde anunciou que deu início a um processo arbitral contra o Estado cabo-verdiano alegando "violação dos acordos celebrados entre as partes", face à renacionalização da companhia aérea de bandeira TACV.
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