Ao abrigo do novo plano, a ser submetido no próximo mês à aprovação dos acionistas, o grupo pretende criar uma empresa distinta, que combine negócios de dispositivos eletrónicos e armazenamento de dados até março de 2024, para ser posteriormente listada na bolsa de valores, de acordo com um comunicado.
A Toshiba disse ter revisto o plano, anunciado em novembro passado e descrito como "a primeira cisão em grande escala do Japão", depois de identificar "obstáculos que não estavam inicialmente previstos", e para "reduzir significativamente os custos" e a incerteza associada à cisão.
O grupo anunciou também a intenção de vender uma participação maioritária no negócio de ar condicionado Toshiba Carrier Corporation (TCC) à Carrier Global, com sede nos Estados Unidos, com a qual tem uma empresa comum criada em 1999.
A Toshiba, que reduziria a participação na TCC de 60% para 5%, avançou ser esta "a melhor maneira de explorar plenamente o potencial e o valor do negócio de ar condicionado", indicou a mesma nota.
Vários meios de comunicação social, incluindo o diário japonês Nikkei, tinham anunciado a venda na sexta-feira, bem como a mudança na direção da Toshiba em comparação com os anúncios anteriores de reorganização.
Em novembro, o grupo japonês tinha anunciado a intenção de se dividir em três entidades, criando duas novas empresas que reuniriam as atividades de energia e infraestruturas da Toshiba, por um lado, e dispositivos eletrónicos e armazenamento de dados, por outro.
A terceira seria formada pelo resto da Toshiba, para gerir a atual participação de 40% na Kioxia, o gigante japonês de 'chips' de memória, e as ações na subsidiária Toshiba Tec (dispositivos de automação de escritório e sistemas de retalho), cotada separadamente.
Na altura, o anúncio provocou reações contrastantes, e oposição em particular do segundo maior investidor (com cerca de 7,5% das ações), o fundo ativista 3D Investment Partners.
Este fundo tinha, no início de janeiro, pedido à Toshiba para considerar outras estratégias e exigido uma assembleia geral extraordinária e um voto dos acionistas sobre esta questão.
Leia Também: Toshiba passa de prejuízo a lucro de 139 milhões no 1.º trimestre