Grupo chinês lança no Brasil geração de energia com resíduos sólidos
A empresa chinesa Power Construction Corp (PowerChina) anunciou a assinatura de um contrato para o lançamento, no Brasil, do primeiro projeto de geração de energia a partir de resíduos sólidos da América do Sul.
© Reuters
Economia Energia
O contrato de engenharia, fornecimento e construção prevê que a unidade possa tratar até 870 toneladas de resíduos sólidos por dia e gerar 19,1 megawatts de eletricidade, de acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira.
O projeto, a cargo de uma subsidiária, a SEPCO1 Electric Power Construction Co. Ltd, vai nascer numa área com 37.237 metros quadrados em Barueri, no estado de São Paulo, referiu o grupo estatal chinês.
Esta foi a única proposta de geração de energia a partir de resíduos sólidos a ser aceite no leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) do Brasil, decorrido em 30 de setembro passado.
A PowerChina garantiu o projeto vai implementar tecnologia avançada de incineração e descontaminação de resíduos sólidos.
De acordo com a página da Aneel na Internet, a proposta prevê um investimento de 520 milhões de reais (86,5 milhões de euros), sendo que a unidade terá de começar a fornecer eletricidade até 01 de janeiro de 2026.
A Aneel comprometeu-se a pagar à empresa responsável pelo projeto, a Foxx URE--BA Ambiental S.A. 549,35 reais (91,4 euros) por megawatt produzido em Barueri.
A unidade deverá gerar eletricidade suficiente para abastecer quase 80 mil residências, indicou, em agosto passado, a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos.
O projeto é uma parceria público-privada entre a Foxx URE--BA Ambiental e a Prefeitura de Barueri, num investimento público de 183,4 milhões de reais (30,5 milhões de euros).
Desde 2018 que o acionista maioritário da Foxx URE--BA Ambiental é o grupo chinês Zheneng Jinjiang Environment Holding Co. Ltd, especializado na geração de energia a partir de resíduos sólidos.
Desde dezembro que o Brasil atravessa a maior crise hídrica dos últimos 90 anos, com os níveis de água das barragens a cair para níveis históricos e uma redução da energia gerada pelas hidroelétricas, o que obrigou o Governo a contratar termoelétricas caras para evitar um apagão.
Numa pesquisa, divulgada em 03 de janeiro pelo Banco Central do Brasil, analistas do mercado financeiro previram que a economia do país cresça 0,36% em 2022, em parte devido à seca que tem afetado a geração de eletricidade e a agricultura.
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