A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta sexta-feira que aumentou o salário mínimo aos trabalhadores nos quadros para 1.359 euros, adiantando ainda que vai investir 1,9 milhões de euros em formação em 2022.
"Este aumento coloca a remuneração mínima oferecida pelo banco aos seus colaboradores substancialmente acima daquele que é o vencimento médio a nível nacional", nota o banco, em comunicado enviado às redações.
A instituição bancária refere ainda que o "salário mínimo pago aos colaboradores da Caixa, de 1.359,03 euros (incluindo subsídio de alimentação), reforça ainda mais o salário médio dos trabalhadores que estão nos quadros da Caixa que ascende a 2.462 euros".
O banco revela também que esta valorização salarial será acompanhada por uma aposta na formação dos profissionais, adiantando que irá investir 1,9 milhões de euros para este fim ao longo deste ano.
"A valorização dos profissionais da Caixa, que só é possível graças ao empenho e ambição de todos, passa também pela aposta na sua formação contínua, dotando-os de competências que permitam dar resposta às exigências do setor financeiro de hoje", pode ler-se no mesmo comunicado.
Em 2021, a Caixa diz ter investido 1,65 milhões de euros em ações de formação para os seus colaboradores. "Entre 2017 e 2022, o montante total empregue em formação ascende a 8,5 milhões de euros", acrescenta a instituição.
Entretanto, em comunicado enviado às redações, a Comissão de Trabalhadores da CGD diz que este anúncio, por parte do banco, faz "passa uma imagem fabrica da cuja estratégia é a de colocar os trabalhadores da CGD numa posição fragilizada perante a opinião pública , rotulando-nos como um universo de trabalhadores privilegiados, com salários acima da média e prémios invejáveis".
"A Comissão de Trabalhadores pretende deixar claro que este tipo de noticias veiculadas pela CGD para a comunicação social e opinião publica, tem como objetivo indesmentível o cultivar e alimentar da imagem falsa de privilégio, é mais uma atitude ofensiva e de claro desrespeito para com os trabalhadores da CGD, pelo que não podemos deixar de repudiar esta estratégia de deturpação da verdade e de construção de uma narrativa assente em informações manipuladas com afirmações erróneas e não fundamentadas", pode ler-se no mesmo comunicado.
[Notícia atualizada às 13h17 do dia 11 de fevereiro de 2022.]
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