O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, considera que o alívio de restrições, anunciado pelo Governo na quinta-feira, será benéfico para a economia, sublinhando que a expectativa para o setor, neste momento, é positiva.
"Estas medidas são bastante positivas para a economia, até porque, em primeiro lugar, o número de pessoas isoladas será muito menor. Isso tem impacto quer nos clientes que têm disponibilidade de visitar os estabelecimentos, quer nos problemas com pessoal que o número elevado de isolamentos estava a criar", disse João Vieira Lopes, em declarações à RTP3.
João Vieira Lopes admite que houve mesmo "pequenos estabelecimentos que tiveram que encerrar, porque não tinham pessoas para manter a porta aberta". Questionado sobre o número de empresas nesta situação, Vieira Lopes diz que é difícil quantificar e acrescenta que "os períodos de encerramento não foram muito grandes, mas foram muitos".
O Governo decidiu, na quinta-feira, avançar com o alívio de algumas restrições até agora em vigor para a contenção da pandemia da Covid-19, depois de ter reunido em Conselho de Ministros. O confinamento passa a estar previsto só para quem tem teste positivo e 'cai' para os contatos de risco.
Além disso, o teletrabalho deixa de ser recomendado, uma medida que, na opinião de João Vieira Lopes, facilitará a "circulação" das pessoas. Também 'caiu' a lotação aos estabelecimentos comerciais, que até então era de uma pessoa por cada cinco metros quadrados.
"Globalmente, temos a expectativa de que isto vá levar a um relançamento da economia. Não vale a pena termos ilusões, o fim do ano foi bastante afetado pelas medidas restritivas e as empresas não conseguiram recuperar. Neste momento, a nossa expectativa é positiva", disse o presidente da CCP.
A ministra de Estado e da Presidência afirmou, na quinta-feira, que as medidas de alívio das restrições por causa da Covid-19 seguiriam ainda ontem para promulgação por parte do chefe de Estado e deverão entrar em vigor nos próximos dias.
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