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Ucrânia: "Estamos absolutamente preocupados com esta situação"

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) está "absolutamente" preocupada com a tensão entre a Rússia e a Ucrânia, que num cenário "mais gravoso" vai ter um impacto em todas as cadeias internacionais, disse à Lusa o diretor-geral.

Ucrânia: "Estamos absolutamente preocupados com esta situação"
Notícias ao Minuto

11:19 - 23/02/22 por Lusa

Economia FIPA

Pedro Queiroz sublinhou que, ao aumento generalizado dos preços, que está a impactar a indústria, acresce a tensão internacional entre a Rússia e a Ucrânia, que já está a ter os seus reflexos.

"Se tudo isto se mantiver [aumento dos preços], agravado por uma situação que nos preocupa bastante, que é esta tensão entre a Ucrânia e a Rússia", que "pode no mais gravoso dos cenários conduzir a um conflito de dimensões internacionais", o impacto será imprevisível, referiu o diretor-geral da FIPA.

"Essa, sim, preocupa-nos bastante porque vai ter um impacto -- esse então absolutamente imprevisível -- em todas as cadeias internacionais", alertou o responsável.

"Isto pode, inclusivamente, mudar a ordem internacional caso atinja - nós não queremos antecipar esse cenário --, mas caso atinja o cenário mais gravoso", prosseguiu.

Independentemente deste cenário, "só esta tensão já tem impacto: continua a pressionar o aumento do petróleo, por exemplo, vai certamente pressionar muito o aumento do gás natural, vai conduzir a aumentos de matérias-primas muito provavelmente", referiu.

"Sabemos que a Ucrânia é considerada o celeiro da Europa e, portanto, vai ter aqui um impacto ao nível das matérias-primas", destacou Pedro Queiroz.

Perante isto, "estamos absolutamente preocupados com esta situação", rematou.

O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na segunda-feira à noite o reconhecimento da independência das regiões separatistas pró-russas do leste da Ucrânia e o envio de tropas para as mesmas.

A decisão de Putin foi condenada pela generalidade dos países ocidentais, que temiam há meses que a Rússia invadisse novamente a Ucrânia, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

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