A Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol) emitiu um aviso esta quinta-feira a desaconselhar voos comerciais no espaço aéreo ucraniano, no seguimento do ataque russo naquele país.
"Todos os operadores [foram] avisados", referiu o diretor-geral da Eurocontrol, Eamonn Brennan, na rede social Twitter.
Ao que indica o Wall Street Journal, foi ainda emitido um aviso formal aos pilotos e operadores, que alertava para o "perigo potencial para a aviação civil".
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai realizar hoje de manhã uma reunião de "emergência" ao nível dos embaixadores dos países membros para avaliar a invasão da Ucrânia. O anúncio foi feito pelo porta-voz da NATO, que adiantou que as consequências do ataque serão discutidas na reunião.
Airspace over and around Ukraine at 06:00 UTC time, today and 7 days ago. pic.twitter.com/0U6MYguZdO
— Flightradar24 (@flightradar24) February 24, 2022
O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, está "a acompanhar a situação de perto" e dará "uma conferência de imprensa após a reunião", disse.
Stoltenberg já tinha condenado fortemente o ataque "imprudente e não provocado" da Rússia à Ucrânia, que considera pôr em risco "incontáveis vidas de civis", e lamentou que Moscovo tenha escolhido o "caminho da agressão".
O exército russo confirmou hoje o início do bombardeamento de território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.
Num comunicado citado pela agência noticiosa estatal russa TASS, o ministério russo da Defesa disse que está a usar "armas de alta precisão" para inutilizar a "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia".
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado uma "invasão em larga escala".
Foram registadas hoje fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo na capital, Kiev, horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de uma operação militar na Ucrânia.
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