Gás natural: "Não se antevê" problemas de fornecimento a Portugal

Gabinete do ministro do Ambiente sublinha que "existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável" ao gás natural vindo da Rússia. Além disso, Portugal dispõe de "reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL)".

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Notícias ao Minuto
24/02/2022 16:26 ‧ 24/02/2022 por Notícias ao Minuto

Economia

gás natural

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática disse esta quinta-feira que "não se antevê" que uma eventual interrupção do fornecimento de gás natural por parte da Rússia signifique uma quebra do fornecimento desta matéria-prima ao território nacional. 

"No contexto nacional, em 2021, somente 10% das importações de GN [gás natural] são provenientes da Rússia, pelo que não se antevê que uma potencial interrupção do fornecimento por parte da Rússia represente uma disrupção no fornecimento de GN a Portugal", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

O gabinete do ministro João Matos Fernandes nota ainda que "Portugal vive hoje num cenário de uma maior diversificação de origens do GN que importa e, sendo o mercado de GN global, existem diversos fornecedores que poderão representar uma alternativa segura e viável ao GN vindo da Rússia". 

Os dados do Executivo revelam que Portugal dispõe de "elevados níveis de armazenamento" de gás natural - 79,2% da capacidade total -, "que atualmente é dos valores mais elevados da Europa em termos percentuais". 

"Não se verificaram quaisquer falhas nas entregas de GNL no terminal de Sines e a calendarização de fevereiro e março decorre como programado pelos agentes de mercado", observa ainda a tutela. 

Relativamente aos combustíveis, o Executivo diz que "não se anteveem problemas de abastecimento, dado que Portugal não importa crude da Rússia desde o ano 2020". 

Deste modo, "Portugal dispõe de reservas estratégicas de crude e de combustíveis (gasolina, gasóleo e GPL), os quais, no caso dos combustíveis, são suficientes para garantir o consumo nacional durante 90 dias". 

Na quarta-feira, recorde-se, o ministro do Ambiente disse que quem consome diretamente gás natural vai sentir aumento "inevitável" dos preços, devido à situação na Ucrânia, que levou a Alemanha a suspender a certificação do Nord Stream 2, para transporte de gás russo.

Já a gigante francesa da energia TotalEnergies afirmou hoje que não existe uma solução imediata para substituir as importações europeias de gás da Rússia, se estas cessassem devido ao contexto russo-ucraniano.

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