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Ofensiva russa abala as bolsas e faz subir preço das matérias-primas

Os mercados mundiais registaram hoje forte turbulência após a invasão da Ucrânia pela Rússia, com as bolsas em queda e as matérias-primas em alta.

Ofensiva russa abala as bolsas e faz subir preço das matérias-primas
Notícias ao Minuto

19:08 - 24/02/22 por Lusa

Economia Ucrânia

As principais praças bolsistas europeias tiveram uma das piores sessões desde março de 2020, quando começaram os confinamentos devido à pandemia de covid-19. Nos piores momentos da sessão, os índices caíram até 5%.

No encerramento, Frankfurt perdeu 3,96%, Paris 3,83%, Milão 4,14% e Londres 3,88%. O índice de referência Eurostoxx 50 recuou 3,63%.

A bolsa de Varsóvia, principal praça financeira da Europa Central e de Leste, desceu mais de 10% e a de Moscovo afundou mais de 33%.

A meio da sessão, a bolsa de Nova Iorque seguia em terreno negativo, com o índice Dow Jones a perder 2,06%, o Nasdaq registava apenas uma variação negativa de 0,01%, mas o índice alargado S&P 500 baixava 1,01%.

O preço do barril de petróleo ultrapassou durante a sessão os 100 dólares, tanto o WTI norte-americano, como o Brent, de referência na Europa, o que aconteceu pela primeira vez desde 2014. O alumínio e o trigo também bateram recordes.

O Presidente russo, Vladimir Putin, lançou hoje durante a madrugada uma ofensiva militar contra a Ucrânia, com a entrada de forças terrestres em várias direções. A Rússia afirmou ter destruído 74 instalações militares.

"Os mercados mundiais não anteciparam um cenário de guerra e agora adaptam-se à dimensão desta ação militar", consideram os analistas da Amundi, numa nota citada pela AFP.

Os investidores procuram valores refúgio como o ouro, que rondou os 2.000 dólares por onça e as obrigações soberanas. O rendimento da dívida norte-americana a 10 anos recuava para 1,94%, contra 1,99% na quarta-feira.

Para os mercados, agora "a principal fonte de incerteza é como os ucranianos e as potências ocidentais vão reagir", considerou Johanna Kyrklund, da gestora de ativos Schroders.

O dólar, também considerado um ativo seguro, subiu 1,49% em relação ao euro, alcançando o seu valor mais alto desde junho de 2020.

Leia Também: Bolsa russa encerra com uma queda de 33,28% após invasão da Ucrânia

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