Canadá impõe sanções e defende exclusão da Rússia do sistema SWIFT
O Canadá aplicou sanções contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, revelou sexta-feira o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que defende a exclusão dos russos do sistema de transferências financeiras SWIFT, para dificultar o financiamento da invasão à Ucrânia.
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Economia Ucrânia
O terceiro pacote de sanções contra a Rússia afeta também o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, adiantou Justin Trudeau, em declarações aos jornalistas.
Para o primeiro-ministro canadiano, o mundo está a testemunhar os "horrores" de uma guerra decidida por Putin e garantiu que o Canadá está disposto a colocar "todas as opções na mesa" para acabar com a invasão à Ucrânia.
Sobre Putin e Lavrov, o chefe do governo canadiano apontou que "estes homens têm a principal responsabilidade pelas mortes e destruição que estão a ocorrer na Ucrânia".
O Presidente russo tem que pagar pelo fim de 75 anos de paz na Europa, acrescentou.
Justin Trudeau detalhou que o alvo das sanções pessoais contra Putin é a "riqueza considerável" que o chefe de Estado russo controla diretamente e esconde através de intermediários.
"Canadá, Reino Unido e outros países acreditam que a Rússia deve ser excluída do sistema SWIFT e essas discussões continuam com os aliados europeus", frisou.
Perante a relutância de alguns países europeus para excluírem a Rússia do sistema de transferências financeiras SWIFT, Trudeau defendeu que Putin não pode sair beneficiado por um sistema que a "paz" na Europa criou nas últimas décadas.
"Putin cometeu um grave erro" ao invadir a Ucrânia, sublinhou Trudeau.
Já a chefe da diplomacia canadiana, Mélanie Joly, referiu que o objetivo das sanções é "sufocar o regime russo" e que, para isso, os países ocidentais devem usar "métodos criativos" para exercer pressão máxima contra Moscovo.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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