Maersk suspende transporte para Rússia. TotalEnergie trava novos projetos

A companhia de navegação dinamarquesa Maersk anunciou hoje a suspensão temporária de todo o transporte de contentores de e para a Rússia e a petrolífera francesa TotalEnergies decidiu travar novos projetos no país liderado por Putin.

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© Reuters

Lusa
01/03/2022 10:06 ‧ 01/03/2022 por Lusa

Economia

Maersk

 

"Novas encomendas por mar e por terra de e para a Rússia vão ser suspensas, com exceção de alimentos, medicamentos e ajuda humanitária" anunciou hoje em comunicado a A.P. Moller-Maersk, proprietário da companhia de navegação.

Manifestando-se "muito preocupada" com a evolução da crise na Ucrânia, a Maersk, que controla cerca de 20% do transporte marítimo mundial, precisou que a estabilidade e segurança da sua atividade já está a ser afetada direta e indiretamente pelo conflito e sanções entretanto impostas, razão pela qual decidiu tomar esta decisão.

Também a gigante da energia TotalEnergies anunciou hoje, através de um comunicado enviado à agência Frace Presse (AFP), que deixará de entrar com capital em novos projetos na Rússia", sem, no entanto, se retirar dos projetos em que já se encontra atualmente a investir.

A TotalEnergies afirma ainda que "aprova o alcance e a força das sanções postas em prática pela Europa [na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia]" e que as implementará "independente das consequências (em avaliação) na gestão dos seus ativos na Rússia".

O grupo energético francês refere também que se mobilizou no sentido de "fornecer combustível às autoridades ucranianas e ajudar os refugiados ucranianos na Europa".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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