O apelo foi feito em conferência de imprensa pelo presidente da CIP, António Saraiva, que defendeu a "necessidade urgente" de o Governo "lançar mão" do 'lay-off' simplificado, medida usada durante a pandemia de covid-19 com o objetivo de manter postos de trabalho.
"Defendemos o lançamento imediato do 'lay-off' simplificado, é esse o instrumento que as empresas precisam", reforçou o presidente da CIP.
António Saraiva disse que o Governo "deve deixar-se de contradições", referindo-se a posições divergentes manifestadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e o secretário de Estado Adjunto, João Neves, sobre o regresso do 'lay-off' simplificado.
O presidente da CIP defendeu ainda que, para minimizar o impacto dos custos da energia, o Governo deverá recorrer aos 11,5 mil milhões de euros disponíveis em Bruxelas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo ainda a necessidade de recorrer ao défice tarifário e a um alívio da carga fiscal.
Em 13 de março, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, admitiu, em Milão, Itália, o regresso do 'lay-off' simplificado para as empresas que eventualmente tenham de diminuir ou suspender a produção devido à escalada dos preços da energia.
No dia seguinte, em 14 de março, em conferência de imprensa, o ministro da Economia, Siza Vieira, afastou a possibilidade de o 'lay-off' simplificado vir a integrar o leque de apoios às empresas, acentuando que na atual conjuntura estes devem ser direcionados para as empresas continuarem a laborar.
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