"É muito bom ter planos alternativos", diz CEO da REN
O presidente executivo (CEO) da REN -- Redes Energéticas Nacionais, Rodrigo Costa, disse hoje, em conferência de imprensa, considerar "muito bom ter planos alternativos" ao abastecimento elétrico, quando questionado sobre a hipótese de reativar as centrais a carvão.
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Economia Crise energética
"Achamos que tudo o que está a ser feito, está a ser bem feito, mas estamos em situação de grande perigo, pode mudar dia a dia, achamos que é muito bom ter planos alternativos", disse Rodrigo Costa aos jornalistas, durante a conferência de imprensa sobre os resultados de 2021 da REN, quando questionado sobre a hipótese de reativar as centrais termoelétricas a carvão de Sines e do Pego, desativadas em janeiro e novembro no ano passado.
O responsável realçou que o desenho da infraestrutura elétrica "está feito para acomodar grandes surpresas" e que "até agora, a resposta tem sido boa", recusando-se a opinar sobre uma decisão que cabe ao Governo tomar, embora tenha admitido que a REN é ouvida nestas matérias e participa "em todos esses fóruns" de discussão.
Na semana passada, o Expresso noticiou que a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a REN têm estado a estudar a possibilidade de reabertura das centrais a carvão de Sines e do Pego, para acautelar um cenário de emergência para o sistema elétrico nacional, e que o Governo descarta essa possibilidade.
"O que acho é que temos de estar preparados para qualquer cenário. Quando a guerra [na Ucrânia] aconteceu, Portugal já tinha desligado as centrais a carvão", sublinhou o CEO da REN.
Rodrigo Costa referiu que a seca que Portugal atravessa, e que afeta a produção hidroelétrica, "está a melhorar um pouco" e que o sistema de interligação com Espanha "está a funcionar muito bem".
"Tenho imensa confiança que estamos preparados para aquilo que estamos neste momento a atravessar", acrescentou o responsável.
Os lucros da REN desceram 11,1% em 2021, face ao ano anterior, para 97,2 milhões de euros, de acordo com o relatório dos resultados de 2021 enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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