A ministra calculou em "564,9 mil milhões de dólares" (515,8 mil milhões de euros) "o impacto direto da destruição" causada desde o início da invasão russa da Ucrânia, no passado dia 24 de fevereiro, um montante ao qual se juntam "os efeitos indiretos dos combates" na economia, nomeadamente os que estão ligados à explosão do desemprego, à forte diminuição do consumo das famílias ou ainda à redução das receitas do Estado.
É ao nível das infraestruturas que as perdas são mais elevadas, indicou Sviridenko, com "perto de 8.000 quilómetros de estradas destruídas ou danificadas", o mesmo acontecendo com "dezenas de estações e de aeroportos", num montante de 108,5 mil milhões de euros.
Dez milhões de metros quadrados de habitação e 200.000 veículos foram destruídos em mais de um mês, acrescentou, citada pela AFP.
Sviridenko, que é também vice-primeira-ministra, calculou a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 em 102 mil milhões de euros, ou seja, uma contração estimada de mais de 55% da economia em relação a 2021.
"Todos os dias os números mudam e infelizmente aumentam", apontou Sviridenko na sua página no Facebook.
"Assim, a Ucrânia (...) vai exigir uma indemnização financeira ao agressor", acrescentou, "seja por decisões judiciais ou pela transferência direta para o Estado dos bens russos (atualmente) congelados na Ucrânia".