"O plenário do CES assumiu uma posição unânime de condenação da invasão russa à Ucrânia e de apoio e solidariedade para com o povo ucraniano", disse à agência Lusa o presidente do CES, Francisco Assis, no final de uma reunião plenária do Conselho.
Na reunião plenária, os membros do CES também apelaram à retirada dos militares russos da Ucrânia e solidarizaram-se com os refugiados ucranianos.
Os conselheiros defenderam ainda que Portugal tem de acolher os refugiados ucranianos que estão a chegar ao país com as necessárias condições para a sua integração.
"Ficou claro que a sociedade portuguesa está completamente solidária com os ucranianos", disse Francisco Assis.
Dado que o ponto forte da ordem de trabalhos do plenário do CES era a discussão sobre a situação da guerra na Ucrânia, a reunião contou com a presença da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets.
Segundo Francisco Assis, a embaixadora saiu do encontro satisfeita com a posição assumida por unanimidade pelo CES.
"A embaixadora ucraniana fez uma intervenção muito marcante na reunião. Falou dos gravíssimos crimes que estão a ser cometidos na Ucrânia e da desinformação muito grande na Rússia sobre a invasão", afirmou o presidente do CES.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A ofensiva russa causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 4 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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