Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa informa que, em ambos os dias, a previsão é de que o serviço de transporte só tenha início às 10h30.
Na nota, a empresa "agradece a compreensão dos seus clientes e lamenta os eventuais inconvenientes que estas greves possam causar".
Os trabalhadores do ML já tinham realizado uma greve parcial (05h00-09h00) nos dias 11 e 18 de março, alegando a "falta de condições de trabalho na área operacional dos maquinistas.
Contactada hoje pela agência Lusa, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), explicou que esta paralisação assenta nos mesmos pressupostos das duas greves parciais realizadas em março.
"É a continuação da luta anterior. Portanto, tem a ver com as condições de trabalho da área operacional dos maquinistas e das chefias do posto de comando central. Infelizmente, ainda não se conseguiu chegar a acordo, o que motiva a continuação da luta", justificou a sindicalista.
Segundo Anabela Carvalheira, os sindicatos pretendem que a empresa "coloque em prática uma série de compromissos assumidos para com os trabalhadores há muito tempo".
A Lusa contactou também o ML para obter um comentário a esta paralisação, mas ainda aguarda resposta.
Em janeiro, maquinistas e inspetores do Metropolitano de Lisboa enviaram um ofício ao conselho de administração da empresa com as reivindicações dos trabalhadores, não descartando novas formas de luta, como a greve, caso as suas pretensões não fossem atendidas.
Na altura, deram um prazo de oito dias à empresa para que fosse dada uma resposta e apontadas soluções, sendo que há cerca de 300 pessoas no universo de trabalhadores maquinistas, encarregados e inspetores de tração.
O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 06h30 às 01h00 todos os dias.
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