A decisão de avançar para um dia de greve surgiu na sequência de um plenário realizado ao início desta tarde junto à sede da EMEL, em Lisboa, segundo adiantou à agência Lusa Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
"Será para avançar se não houver uma proposta séria por parte do conselho de administração. Se já era importante haver aumentos agora, a partir de março os aumentos [preços] foram astronómicos e está difícil para os trabalhadores", justificou.
O sindicalista referiu que a proposta inicial da administração da EMEL foi de um aumento salarial de 15 euros, subindo depois para 20 euros, ainda assim um valor considerado "insuficiente" pelos trabalhadores, que defendem um acréscimo de 90 euros.
"Nós estávamos à espera de que houvesse uma contraproposta, mas uma coisa mais condigna. Quando se fala nos 90 euros é uma base de proposta. Mas a resposta de 15 euros e depois de 20 euros é totalmente inaceitável", sublinhou.
A reivindicação dos cerca de 700 trabalhadores da EMEL surge num contexto de inflação e em que, segundo Orlando Gonçalves, a empresa municipal assume que já "recuperou financeiramente os níveis pré-pandemia e apresenta planos de investimentos de largos milhões".
A Lusa contactou a EMEL, mas até agora não obteve resposta.
Além de aumentos salariais, os trabalhadores da EMEL reivindicam também a atribuição de diuturnidades, o aumento do subsídio de penosidade e de turnos no transporte de valores.
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